Boletim sobre o câmbio — Elson Gusmão – diretor de Câmbio da Ourominas

O dólar abriu o dia em queda em relação ao fechamento anterior. Os investidores estão atentos tanto ao cenário político doméstico quanto às expectativas de política monetária no exterior.

No Brasil, o ambiente político segue no radar, com os desdobramentos da pré-candidatura de Flávio Bolsonaro em 2026 adicionando volatilidade ao câmbio. Além disso, o mercado acompanha a expectativa de manutenção da Selic.

A “Super Quarta” traz destaque para as decisões de juros nos Estados Unidos. A expectativa predominante é de redução das taxas pelo Federal Reserve, enquanto no cenário doméstico projeta-se manutenção da Selic, reforçando a atenção dos investidores ao diferencial de juros e seus efeitos sobre o fluxo cambial.

No cenário internacional, os investidores aguardam dados de inflação e emprego nos Estados Unidos, que podem reforçar apostas em cortes de juros pelo Federal Reserve. A moeda americana mostra estabilidade frente a outras divisas fortes, mas o sentimento global é de espera cautelosa, com atenção também às tensões comerciais e às declarações de autoridades do BCE e do Fed.

A agenda do dia inclui ainda: discurso de dirigentes do Banco Central Europeu, divulgação do Índice de Custo de Emprego nos EUA, decisão de juros no Canadá e estoques de petróleo norte-americanos. Esses indicadores podem mexer com o apetite ao risco e influenciar o fluxo cambial.

O mercado segue dividido entre cautela e busca por proteção, aguardando dados que possam definir a direção dos fluxos nos próximos dias.

Boletim sobre o ouro — Mauriciano Cavalcante – diretor de ouro da Ourominas

O ouro à vista abriu o dia cotado a cerca de US$ 4.205,4/oz, segundo registro mais recente. Hoje o preço recua levemente, na casa de -0,1% em relação ao fechamento anterior.
O mercado mostra um perfil de cautela. Os investidores mantêm o metal sob observação, aguardando os próximos sinais de política monetária dos Estados Unidos. A oferta de retorno (juros) relativamente atrativa nos títulos de renda fixa e a incerteza sobre o rumo dos cortes de juros limitam o apetite por risco imediato, o que pressiona o ouro, considerado ativo de refúgio.

Internacionalmente, o principal motor para o ouro continua sendo a expectativa em torno da reunião do Federal Reserve (Fed). A maioria dos agentes precifica com alta probabilidade um corte de 25 pontos-base, o que costuma favorecer ativos não rendíveis como o ouro.

A perspectiva de um dólar mais fraco com o ajuste monetário, combinada com persistentes tensões geopolíticas, sustenta a demanda por ouro como proteção contra risco global.

Do lado da agenda, o dia deve ser marcado por atenção redobrada aos anúncios de inflação e dados econômicos nos EUA, especialmente aqueles que influenciem as decisões do Fed. No cenário doméstico ou regional, não há novidades expressivas que alterem diretamente os fluxos para o ouro.

Em resumo: o ouro inicia o dia estável, com leve queda, em um ambiente de cautela e expectativa. O metal segue dependendo de sinais externos, sobretudo da política monetária nos EUA e da conjuntura global, para definir se retoma o rali ou consolida.

Sobre Elson Gusmão
Elson Gusmão é o Diretor de Operações da Ourominas, considerada uma das maiores empresas de ouro e câmbio do país. Formado em Gestão Financeira em 2016, está há mais de 8 anos na Instituição Financeira e DTVM. Faz análises sobre a cotação de câmbio de moedas e realiza comentários sobre as atualizações do mercado.

Sobre Mauriciano Cavalcante
Mauriciano Cavalcante é economista da Ourominas, uma das maiores empresas de compra e venda de ouro no Brasil. Bacharel em Negócios Internacionais e Comércio Exterior, o especialista comenta sobre a cotação do ouro e câmbio de moedas. Mauriciano também aborda sobre tendências do mercado nacional e internacional e sua correlação com o mercado cambial.

Sobre a Ourominas
A Ourominas (OM) possui anos de história e atuação. Ao longo desse período construiu uma sólida reputação, se consolidando como uma bem-sucedida instituição do mercado e referência no Brasil em serviços financeiros.
Atualmente a OM possui um portfólio diversificado de soluções financeiras no mercado de ouro ativo financeiro para exportação, investimento e consumo industrial, da qual é certificada na Americas Gold Manufacturers Association (AMAGOLD). E no mercado de câmbio de moedas estrangeiras para turismo e negócios internacionais, integra a Associação Brasileira de Câmbio (ABRACAM).
Em 2021, a OM foi a primeira Instituição Financeira da América Latina a possuir as certificações ISO 9001, 14001 e 45001, e em 2022, a OM foi a primeira Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM) da América Latina a possuir a certificação Great Place to Work (GPTW).
Com uma estrutura completa de consultores especializados, oferece atendimento dedicado a diversos perfis de empresa ou pessoa física, moldando os produtos às necessidades dos clientes com qualidade, agilidade e baixos custos operacionais