Executivos da MATH Group e da Ford chamaram a atenção para o fato de a falta de governança e consolidação de uma cultura de Inteligência Artificial (IA) estarem gerando perdas financeiras significativas nas empresas brasileiras durante a Masterclass “Gestão de Custos de IA” promovido pela consultoria.  

“Se eu não domino a IA que vou utilizar na minha empresa, é muito provável que eu vá cometer erros importantes em alguma fase — desde a etapa de implementação, até a fase de cuidado com os dados, na fase de planejamento e na expectativa de ROI”, advertiu Lourenço de Paula, Growth Executive Director na MATH Group. 

O gerente de Data Analytics da Ford, Renato Lopes, fez questão de complementar: "O portfólio inteiro da Ford é conectado, o que gera um volume de dados extremamente alto. A Inteligência Artificial é fundamental para nos ajudar a analisar essas informações e estruturar os nossos data lakes. E é nessa área de dados que temos uma parceria estratégica com a MATH".

Os pilares do alerta  

Os executivos identificaram com clareza os principais erros — e prejuízos — que companhias de todos os portes cometem quando tratam projetos de IA de forma superficial: 

• Foco apenas na tecnologia, não no problema. “Na MATH Group, não entregamos somente uma ferramenta – ajudamos nossos clientes de modo que entendemos, junto a eles, qual problema devemos resolver. É fundamental sabermos isso, pois os diferentes modelos de IA que existem no mercado variam em custo, disponibilidade e entregas”, destacou Lourenço de Paula. 

• Custos sem controle é igual a explosão orçamentária. Há medo e desconhecimento em relação a quanto se deve investir em um projeto de IA, porque as empresas não têm noção do valor que isso pode ter. Elas também não entendem como gerir esses números durante o processo para que não escalem sem necessidade e sem trazer retornos. 

• Governança negligenciada dá dor de cabeça se o serviço de IA sair do ar — o que não é incomum –, e a companhia tiver suas ações estratégicas vinculadas a essa IA. O que a empresa vai fazer? É preciso contar com um monitoramento constante da latência para acionar a mudança de modelo quando necessário e garantir que o cliente nunca pare de entregar os seus serviços. 

• Blindagem de dados e cultura organizacional são imperativos. “Precisamos também gerar guardrails, assim garantimos segurança de acesso aos dados sensíveis da empresa, tanto para o ambiente externo à empresa quanto para o ambiente interno”, enfatizou o executivo da MATH Group. 

• FinOps mais folha de pagamento é igual economia real. Não se preocupar com todos esses aspectos gera problemas de entrega e de ‘existência’ para as empresas — o que resulta em aumento excessivo dos custos. O valor investido em pessoas também dispara se a IA não for bem utilizada, já que profissionais competentes perdem tempo com modelos que não entregam. 

• Cultura de IA já virou diferencial competitivo: “Estamos em uma fase de letramento de IA – as pessoas e empresas, de forma geral, estão aprendendo e testando o que têm à disposição e avaliando o que lhes atende melhor”, contou Lourenço de Paula. E a conclusão: empresas que não agirem agora vão ter uma importante perda de oportunidade – o uso correto de IA já está sendo um fator que define, direta ou indiretamente, qual companhia vai ser escolhida pelo cliente. 

Caso real: Ford e MATH Group 

“Na Ford, a parceria com a MATH garantiu 95% de economia no que se refere à aquisição e uso de dados, e ainda proporcionou uma performance 7 vezes melhor no uso dessas informações”, contou Renato Lopes. A companhia é um exemplo de quem entendeu a importância e criou uma cultura baseada em IA. Esse tipo de ganho é o que as empresas de médio e grande portes devem enxergar como meta — e não optar em trabalhar no “modo de espera”. 

Para ilustrar o grau de maturidade requerido, o executivo da Ford comentou: “Todos os nossos times têm à disposição diversas IAs, já com políticas de governança e guardrails em um só ambiente. Isso garante segurança, efetividade, processos bem definidos e performance”. 

Porque este tema é urgente para o Brasil 

A MATH Group reforça que se as empresas brasileiras não começarem a investir de forma estruturada em IA e governança dos projetos irão não apenas aumentar custos e desperdícios, mas também vão perder competitividade, ver seu faturamento estagnar ou cair, gerar dados que não serão aproveitados e ficar à mercê das volatilidades dos mercados. Ao mesmo tempo, concorrentes que já atuam com IA “bem alinhada” e governança ativa vão disparar à frente — e para recuperar a distância competitiva será muito mais difícil. 

Esse alerta se aplica tanto a grandes empresas, com forte participação de mercado, quanto a médias e pequenas organizações que ainda veem IA com reticência. Para essas últimas, o uso correto pode significar crescimento rápido, consistente e baseado em dados seguros. 

Para Lourenço de Paula, "a maior parte das pessoas e empresas não vai saber quais modelos de IA são os ideais para serem usados – é aí que entra a MATH Group, orientando e trazendo soluções ideais para otimizar os custos e os projetos que envolvem IA como um todo.” 

A Masterclass desta quinta-feira mostrou que tecnologia por si só já não basta: é a governança, a cultura, a visão estratégica e o controle de custos que vão definir quem sobrevive — ou acelera — na nova era da IA. As decisões que são tomadas hoje moldarão o mercado brasileiro não nos próximos anos, mas nos próximos meses. 

Sobre a MATH Group  

A MATH Group é um ecossistema que une dados, tecnologia e inteligência artificial para transformar operações empresariais em tempo real. Atua em IA generativa, marketing orientado a dados, CRM, automações e engenharia de dados, com clientes líderes nos setores financeiro, educacional e industrial. Em 2025, lançou a MATH AI Platform, solução que integra múltiplos modelos e provedores de IA com foco em governança, eficiência e escalabilidade. 

Para entrevistas e mais informações sobre os temas discutidos, os executivos da MATH Group e da Ford estão disponíveis como fontes especializadas para matérias sobre Inteligência Artificial e inovação.