A produtividade média também surpreendeu, atingindo 112,7 sacas por hectare, o melhor desempenho já registrado no estado e representando alta de 68,1% em relação à safra anterior. Do total avaliado, 78,1% das lavouras foram classificadas como boas, 15,3% regulares e apenas 6,6% ruins.

 

 

 

O levantamento da Aprosoja mostra ainda que a colheita praticamente se encerra no estado: a região norte já atingiu 98,5%, o centro 97,5% e o sul 96,7% da área.

 

 

 

As condições climáticas marcaram a safra. O boletim aponta que 70,5% da semeadura ocorreu entre a segunda semana de fevereiro e a terceira de março, beneficiada pelas chuvas de abril. No entanto, as geadas de junho impactaram 35 mil hectares na região centro-sul, provocando perdas de até 30%. Já em julho, ventos fortes derrubaram lavouras em 14 mil hectares, com prejuízos variando entre 20% e 40%.

 

 

 

Outro dado relevante é que o milho representa apenas 46% da área cultivada com soja no estado, o que indica retração no plantio da safrinha pelos produtores.

 

 

 

Além disso, a saca de 60 quilos do milho está sendo cotada a R$ 51, e 54% da safra já foi comercializada. Entre os municípios com maior destaque em produtividade, Chapadão do Sul lidera, seguido por Alcinópolis, com 160 sacas por hectare, e Sonora, com 152 sacas por hectare. Por outro lado, algumas regiões registraram índices bem abaixo da média: em parte de Aquidauana foram colhidas apenas 19,1 sacas por hectare, e em áreas de Nova Andradina, 31 sacas por hectare.

 

 

 

O boletim classifica a safra, no geral, como boa, apesar dos eventos climáticos adversos — como geadas, ventos e períodos de estiagem — que provocaram prejuízos de 20% a 40% em algumas áreas do estado. Na média, porém, o resultado foi positivo, consolidando Mato Grosso do Sul como um dos principais polos produtores de milho do país, com produtividade recorde e perspectivas favoráveis para o setor.