A Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, por meio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (DEFRON), cumpriu na manhã desta terça-feira (29) três mandados de busca e apreensão nos municípios de São José dos Pinhais (PR), Florianópolis (SC) e Araranguá (SC). As diligências fazem parte de uma investigação que teve início após a apreensão de mais de 12 toneladas de maconha escondidas em uma carga de milho, em Aral Moreira (MS), em novembro de 2024.

A droga foi localizada no dia 2 de novembro por uma equipe do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), durante patrulhamento na rodovia MS-386, no contexto da Operação Protetor. O entorpecente estava escondido em um caminhão bitrem carregado com milho. O motorista foi preso em flagrante e confessou ter sido contratado para transportar a carga ilícita até o estado do Rio Grande do Sul.

A partir das investigações conduzidas pela DEFRON, surgiram indícios de envolvimento de outros suspeitos no esquema, incluindo uma mulher apontada como possível responsável pela logística e pelo financiamento do transporte da droga. Diante disso, a autoridade policial solicitou e obteve autorização judicial para a realização das buscas.

Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Ponta Porã (MS) e cumpridos com o apoio da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Araranguá, da Delegacia de Combate ao Crime Organizado (DECRIM) de Florianópolis e da Polícia Civil de São José dos Pinhais.

Durante as ações, foram apreendidos documentos, aparelhos eletrônicos e outros materiais considerados relevantes para o inquérito, que busca mapear a estrutura logística e financeira por trás do tráfico interestadual de drogas.

Segundo a DEFRON, esta é apenas uma das etapas da operação, que tem como objetivo desmantelar todo o grupo criminoso responsável pela movimentação de grandes cargas de entorpecentes entre diferentes estados brasileiros. Novas diligências devem ocorrer nos próximos dias.

A delegacia especializada reforça que denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo telefone (67) 99633-7982. O canal funciona 24 horas por dia, com garantia de sigilo.

A informação foi repassada pelo delegado Rafael de Souza Carvalho, responsável pela investigação na DEFRON.