Segundo o registro policial, o casal havia retornado de uma festa de casamento quando a discussão começou ainda no trajeto. O homem estava embriagado, dirigia de forma perigosa e se exaltou quando a mulher pediu para assumir a direção do veículo. Ele parou o carro de maneira brusca, desceu batendo a porta e continuou alterado.

 

Já na residência, o clima se agravou. O homem passou a ofender a companheira com xingamentos e acusações de traição. Em seguida, a mulher foi agredida com diversos socos no rosto. O filho dela, de 19 anos, que estava no imóvel, tentou intervir ao perceber a agressão e também acabou sendo atingido.

 

Após a confusão, mãe e filho conseguiram retirar o agressor da garagem e fechar o portão, acreditando que a situação havia sido contida. Pouco depois, porém, o homem voltou a ameaçar a mulher de morte, forçou o portão até quebrar as travas, invadiu novamente a garagem e arrombou a porta da sala, entrando à força na casa.

 

A mulher relatou que, diante da invasão e das ameaças, temeu pela própria vida e pela segurança dos filhos. Nesse momento, pegou uma arma de fogo que possuía legalmente, por ser dona de um clube de tiro, e efetuou vários disparos. Dois tiros atingiram o homem, um na região da cintura e outro no calcanhar.

 

Mesmo ferido, ele conseguiu sair da casa e pedir ajuda em uma residência vizinha, deixando grande quantidade de sangue pelo local. O Corpo de Bombeiros foi acionado e o encaminhou consciente para atendimento médico.

 

A Polícia Militar esteve no imóvel pouco depois. A mulher se apresentou espontaneamente, confirmou os disparos e indicou a arma utilizada, que foi apreendida para perícia. Também foram recolhidas munições e imagens do sistema de monitoramento da residência, que devem ajudar a esclarecer a dinâmica dos fatos.

 

 

A mulher relatou ainda que sofreu agressões na cabeça e no rosto, tentou se proteger com os braços e sentia dores na mão e no braço direito. O caso foi registrado como tentativa de homicídio no contexto de violência doméstica e segue sob investigação da Polícia Civil.

 

Se você sofre ou presencia violência doméstica, denuncie. A Central 180 funciona 24 horas, de graça, e a ligação pode ser anônima. Em caso de emergência, procure a polícia pelo 190. Violência contra mulheres, crianças, idosos ou qualquer pessoa não pode ser silenciosa.