24/11/2025 05h26
Da dívida ao equilíbrio: passos práticos para organizar as finanças e começar de novo
Em meio ao alto endividamento das famílias brasileiras, especialista mostra como planejamento e decisões conscientes podem transformar dívidas em oportunidades
O cenário de endividamento no Brasil atingiu patamares críticos, com cerca de 80% das famílias com contas a vencer em setembro de 2025 . Em meio a juros exorbitantes de modalidades como cartão de crédito (que chegou a 449,9% ao ano) e cheque especial (média de 7,33% ao mês), a busca por soluções de organização financeira se torna urgente.
A educação financeira aponta que o primeiro passo para a liberdade é o controle dos gastos, seguido pela substituição de dívidas caras por opções mais acessíveis, como o crédito com desconto em folha.
“Muitos brasileiros recorrem a empréstimos para quitar dívidas, e isso é um movimento inteligente, desde que se troque uma dívida cara por uma barata. Essa substituição, com taxas significativamente mais baixas, como as do crédito consignado, não é apenas uma forma de conseguir dinheiro, mas o primeiro e mais importante passo para reestruturar a saúde financeira e, finalmente, conquistar a liberdade”, afirma Kaike Ribeiro, CEO da Finanto, fintech que democratiza o acesso ao crédito por meio da tecnologia e inovação financeira.
O caminho para a saúde financeira passa pela disciplina e pelo uso estratégico das ferramentas disponíveis no mercado. Para Ribeiro, o segredo está em cinco passos práticos que o consumidor deve seguir:
- Mapeie a dívida e calcule a economia
O primeiro passo é identificar as dívidas mais onerosas. É fundamental calcular o Custo Efetivo Total (CET) de cada uma. O CET inclui juros, tarifas e encargos, dando uma visão real do quanto o consumidor está pagando.
De acordo com dados do Banco Central, em agosto, a média da taxa de juros do cartão de crédito rotativo ficou em 15,29%, enquanto o crédito consignado ao setor privado ficou em 3,79%. Confira o comparativo da taxa média mensal de algumas modalidades de crédito:
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Modalidade de Crédito |
Taxa Média (Ao Mês) |
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Cartão de Crédito Rotativo |
15,29% |
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Cheque Especial |
7,49% |
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Crédito pessoal |
6,12% |
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Crédito com Desconto em Folha |
3,79% |
“Ao trocar uma dívida de cerca de 7,5% ao mês por uma de aproximadamente 4% ou menos, por exemplo, o cliente não está apenas substituindo um credor por outro; ele está, na verdade, economizando centenas ou milhares de reais em juros ao longo do tempo. Esse valor economizado é o que deve ser direcionado para o planejamento futuro”, explica o executivo.
- Negocie e use a tecnologia a seu favor
Com o valor do novo crédito em mãos, o consumidor ganha poder de negociação. É possível buscar um desconto significativo junto aos credores originais para a quitação à vista.
“É importante que o consumidor utilize as ferramentas digitais e a tecnologia disponíveis no mercado para garantir um processo de contratação rápido, transparente e seguro, evitando a burocracia desnecessária”, destaca Kaike.
A inovação no setor financeiro tem como objetivo eliminar intermediários e garantir que o cliente tenha todas as informações claras para tomar a melhor decisão.
- Crie um orçamento realista e a regra 50/30/20
Antes de qualquer coisa, é preciso saber para onde seu dinheiro está indo. Crie um orçamento realista, mapeando receitas e despesas. Uma diretriz amplamente utilizada é a regra 50/30/20, que consiste em utilizar 50% da renda para necessidades essenciais (moradia, alimentação, transporte); 30% para gastos não essenciais (lazer, compras, hobbies); e 20% para investimentos e quitação de dívidas.
O mais importante é que essa divisão seja realista para a situação atual, permitindo ajustes conforme a evolução da saúde financeira.
- Elimine os gastos invisíveis
Os pequenos gastos diários, como cafés, lanches e assinaturas não utilizadas, são os grandes vilões do orçamento e costumam ser os mais difíceis de rastrear. Faça uma auditoria de seus extratos e identifique onde estão esses “ralos” de dinheiro.
Muitas vezes, a economia gerada ao cortar ou reduzir esses gastos já é suficiente para começar a construir uma reserva ou acelerar a quitação de uma dívida.
- Planejamento pós-quitação: o caminho para a liberdade
Quitar as dívidas é apenas o começo. O passo crucial para a liberdade financeira é o planejamento que se segue. A parcela reduzida e fixa deve ser encarada como um compromisso, e a diferença economizada deve ser canalizada para a construção da reserva de emergência.
O uso consciente do crédito consignado exige informação e planejamento, mas pode representar um ponto de virada para quem busca estabilidade. Quando aliado à educação financeira e a hábitos de consumo mais equilibrados, ele deixa de ser apenas um empréstimo e se transforma em uma ferramenta de recomeço, ajudando o brasileiro a reconquistar tranquilidade e segurança no dia a dia. “A liberdade financeira não é sobre ter muito dinheiro, mas sobre ter controle sobre ele. A disciplina de manter o orçamento sob controle e começar a poupar é o que transforma o endividado de hoje no investidor de amanhã”, conclui o CEO da Finanto.
Sobre a Finanto
A Finanto é uma fintech inovadora que democratiza o acesso ao crédito no Brasil, oferecendo um ecossistema completo de soluções financeiras digitais. Especializada em crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS, antecipação do FGTS e crédito consignado para trabalhadores CLT, a empresa simplifica a jornada financeira de milhões de brasileiros através de tecnologia de ponta e processos ágeis.
Fundada em 2009 como União Cred e consolidada como Finanto em 2020, a empresa evoluiu para uma fintech com o lançamento do seu primeiro produto digital: a antecipação de FGTS, com a criação da modalidade de utilização do FGTS como meio de pagamento, dando origem ao Finanto Pay. Com diferenciais como a IA Rita, desenvolvida para autoatendimento fluido via WhatsApp, e uma rede robusta de canais de venda como o Finanto Business e o Finanto Hub (com 900 lojas parceiras), a Finanto movimenta R$ 150 milhões por mês em crédito INSS.



