- mell280
18/11/2025 12h01
Varejo no limite: gargalos na Black Friday podem custar até 30% das vendas
Levantamento da consultoria Backlgrs aponta eficiência operacional como grande foco em 2025
A Black Friday deixou de ser uma disputa de preços e tornou-se uma corrida por eficiência digital. Segundo análise da Backlgrs, especialista em soluções cloud Salesforce, empresas que não investirem em infraestrutura escalável, personalização em tempo real e atendimento inteligente podem perder até 30% do potencial de vendas.
De acordo com o levantamento, isso se deve por possíveis falhas operacionais, páginas lentas e falta de histórico no relacionamento com o cliente. Em um mercado que deve movimentar mais de R$ 13 bilhões em Novembro, a empresa aponta que o diferencial competitivo migra definitivamente do “desconto agressivo” para a maturidade tecnológica.
Além disso, a consultoria aponta três eixos decisivos para as marcas que querem sair da data não apenas com volume, mas com vantagem sustentável: venda sem interrupção, personalização contra o ruído promocional e atendimento inteligente do pré ao pós-venda.
“A Black Friday é o maior teste de estresse para qualquer arquitetura digital. Em poucos dias, sua operação é colocada diante do maior volume de tráfego, transações, atendimentos e expectativas do ano.” Guilherme Carvalho, CEO da Backlgrs.
Operações online dominam, mas seguem vulneráveis
Essa visão se sustenta na prática: em 2024, o varejo físico registrou crescimento de 17,1% na data em comparação ao ano anterior, enquanto o comércio digital avançou 8,9%. Ainda assim, muitas operações online seguem vulneráveis.
Para mitigar riscos, Carvalho destaca: preparo antecipado (testes de carga, simulações), monitoramento 24/7, e sistemas de estoque em tempo real, fatores que asseguram a operação de uma forma funcional, principalmente com a alta demanda.
Com volume crescente de ofertas, o consumidor está menos sensível a promoções genéricas e mais exigente com relevância, contexto e conveniência. Dados indicam que, em 2025, metade dos brasileiros iniciam a busca por ofertas com mais de 30 dias de antecedência.
“O consumidor chega à Black Friday com histórico de navegação, preferências e intenção. A marca que trata todo mundo igual perde eficiência e receita,” aponta Carvalho
Segundo o executivo, as ferramentas nativas da plataforma Salesforce (como motores de promoções e visual drag-and-drop) permitem que marcas configurem campanhas personalizadas “on the fly”: ofertas diferentes para quem abandonou o carrinho, para quem navegou, para cliente recorrente. A aposta: campanhas durante todo o mês (Black November) e não apenas na sexta-feira, a chave está em usar dados históricos de comportamento para prever tendências, ajustar rotas em tempo real e maximizar retorno das ações.
O foco excessivo na venda imediata muitas vezes deixa o pós - venda em segundo plano, justamente onde se consolidam a reputação e a recorrência das marcas. E os números comprovam o potencial dessa etapa: uma pesquisa de 2024 revelou que 87% dos consumidores ficaram satisfeitos ou muito satisfeitos com suas compras na Black Friday, indicando um terreno fértil para construir vínculos duradouros além da data promocional.
Mais do que vender, o desafio é sustentar toda a operação da infraestrutura tecnológica capaz de suportar picos de tráfego ao atendimento preparado para converter no pós-clique e fidelizar no pós-venda. Com alta concorrência, é essa consistência que diferencia quem apenas participa da Black Friday de quem transforma o período em uma verdadeira plataforma de relacionamento e crescimento.
Sobre a Backlgrs
A Backlgrs é uma das principais consultorias de transformação digital do mercado. Considerada uma das melhores implementadoras de Salesforce no Brasil, a startup potencializa o crescimento dos seus clientes, através da criação e sustentação de soluções estruturadas nas nuvens, sendo um pilar indispensável na transição de negócios físicos para o digital.



