17/11/2025 07h14
Como se preparar para o cashback: o que micro e pequenas empresas precisam fazer
Devolução de tributos prevista na reforma tributária exige regularização e organização financeira para garantir competitividade
O cashback dos tributos, um mecanismo previsto na reforma tributária, permitirá a devolução de parte dos impostos pagos pela população de baixa renda, a partir de 2027. A medida pode representar um crescimento médio de 10% na renda mensal das famílias beneficiadas, com devolução direta na conta para quem comprar de empresas formais e estiver cadastrado no CadÚnico. O programa também deve beneficiar quem compra de empresas formalizadas, o que abre uma nova etapa de oportunidades e desafios para micro e pequenos empreendedores.
Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), o benefício pode elevar em média 10% a renda das famílias de baixa renda, com impacto maior nas regiões Centro-Oeste (12%), Sudeste (11%) e Sul (10,1%). O efeito será menor no Norte (8,3%) e Nordeste (7,8%), em parte por causa da alta informalidade no comércio.
Para Dayane Robledo, diretora financeira da Conaje (Confederação Nacional de Jovens Empresários), o cashback é uma medida justa para modernizar o sistema tributário brasileiro.
“Este é um passo importante para um sistema mais justo e atual. Ele ajuda quem mais precisa e, ao mesmo tempo, estimula a formalização e o crescimento dos pequenos negócios”, comenta.
A devolução de tributos trará efeitos diretos também para quem empreende. Pequenas empresas e profissionais autônomos terão de se adaptar para aproveitar as vantagens dessa nova etapa da economia formal. Veja abaixo como se preparar para o cashback e o que muda na prática.
- Formalização é o primeiro passo
A medida deve facilitar as vendas formais de micro e pequenos empresários, pois o consumidor tende a preferir comprar de empresas que emitem nota fiscal, para garantir o direito ao cashback. Isso gera maior movimentação econômica local, já que o dinheiro devolvido tende a ser gasto novamente no comércio da própria região.
“O principal desafio das empresas é o processo de regularização. Elas devem estar totalmente formalizadas e com processos bem organizados para aproveitar essa nova fase tributária”, explica Dayane.
- Organização financeira faz diferença
O cashback ajuda a fortalecer o ambiente de negócios e valoriza quem atua de forma correta. Isso abre espaço para novos empreendedores que já começam com estrutura, emissão de notas e gestão financeira organizada. Além disso, ao incentivar o consumo, o programa gera oportunidades em diferentes setores, principalmente no comércio e nos serviços locais.
- Atenção à transição tributária
A reforma prevê a unificação de impostos como PIS, Cofins, ICMS e ISS em dois novos tributos: Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). A implantação começa em 2026 e será gradual até 2033. Entender essas mudanças é essencial para manter o negócio competitivo e evitar erros fiscais.
- Oportunidade de transformação
“Vale lembrar que o projeto ainda está em construção e será ajustado ao longo do tempo, mas representa uma mudança positiva de mentalidade, como transformar impostos em retorno social e em oportunidades para quem empreende de forma correta”, finaliza a diretora financeira da Conaje.
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Sobre a Conaje
A Confederação Nacional de Jovens Empresários (Conaje) é uma entidade sem fins lucrativos que atua há 25 anos no fomento ao empreendedorismo e na capacitação de jovens lideranças empresariais. Está presente em 17 estados e reúne mais de 15 mil jovens empresários. Com 20 movimentos locais ativos, a Conaje promove ações voltadas à formação de lideranças, à geração de negócios e ao fortalecimento de políticas públicas para o desenvolvimento de micro e pequenas empresas. Entre os projetos de maior relevância da entidade estão o Feirão do Imposto, o Conaje Capacita, a Semana Global do Empreendedorismo e o Concurso Nacional de Startups. A Conaje também representa o Brasil em instâncias como BRICS Jovem, FIJE (Federação Ibero-Americana de Jovens Empresários), Mercosul Jovem e G20, na articulação de pautas do empreendedorismo nacional para o cenário internacional. |
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