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Belém/PA - Entre painéis simultâneos e agendas lotadas durante a COP30, o JAQ Hidrogênio foi o destino de autoridades e empresários nesta quarta-feira (12), em Belém (PA). Pela manhã, visitaram o JAQ H1 o governador do Piauí, Rafael Fonteles, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e o presidente da Be8, Erasmo Batistella. À tarde, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, também esteve a bordo para conhecer o primeiro barco-escola do mundo movido a hidrogênio, com 36 metros, hotelaria pronta para H₂V e um plano de evolução que prevê propulsão híbrida em 2026 e produção de hidrogênio a bordo na etapa seguinte.

“É extremamente realizador ver o que foi sonho virar operação real e justamente na COP30. O JAQ H1 entrega uma resposta concreta que tem impressionado quem visita e marca apenas a primeira etapa de um programa que contribui, de forma prática, para a transição energética. Ao avançarmos para gerar hidrogênio a bordo, com dessalinização de água integrada ao sistema, o Brasil se afirma como protagonista e criador de tecnologia neste segmento”, afirma Ernani Paciornik, idealizador do projeto e fundador do JAQ Hidrogênio.

No eixo Nordeste, o governador do Piauí, Rafael Fonteles, que na COP30 apresentou o Plano Estadual de Ação Climática orientado à neutralidade até 2050, com expansão da coleta e do tratamento de esgoto e eliminação do desmatamento ilegal, afirmou, ao visitar a embarcação JAQ H1: “A iniciativa do JAQ Hidrogênio é muito positiva, pois materializa um debate de anos e mostra que projetos desse tipo podem ganhar escala. Fica claro que é viável substituir combustíveis fósseis por alternativas de baixo carbono na navegação”.

No Sul, o estado do Rio Grande do Sul tem atuado em duas frentes, mitigação de emissões e adaptação climática após eventos extremos, ao mesmo tempo em que avança no hidrogênio verde apoiado por matriz eólica, hidrelétrica e solar e por demanda da indústria e da agropecuária (fertilizantes). “A transição energética é fundamental. Estamos trabalhando de maneira ambiciosa o hidrogênio verde. É muito bom ver aqui uma aplicação direta do hidrogênio para a propulsão do barco e para a hotelaria. Isso representa oportunidade para o planeta”, afirmou o governador Eduardo Leite durante visita ao JAQ H1.

Já o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, que participa da COP30 também como presidente do Consórcio Brasil Verde, visitou o JAQ H1 e ressaltou o papel do projeto para a transição no mar: “É uma alegria apresentar o trabalho do Espírito Santo em transição energética e adaptação climática e, ao mesmo tempo, conhecer uma embarcação que já utiliza o hidrogênio como combustível. Isso renova a esperança de vermos a navegação reduzir emissões em um modal essencial para o mundo. É muito positivo ver empresas se unindo para oferecer alternativas e discutir a descarbonização desse setor”.

Do lado empresarial, a Be8 levou à COP30 a leitura de quem nasceu no biodiesel e, 20 anos depois, se reposiciona como plataforma multienergia com projetos em hidrogênio e soluções para transporte pesado. O diretor-presidente Erasmo Carlos Battistella avaliou que o Brasil já é “uma referência mundial na transição energética”, citando avanços no setor elétrico, em biocombustíveis e “na preparação do país para ser um grande produtor de hidrogênio verde”. Entre as inovações, destacou o BeVante, “nova molécula capaz de substituir o diesel em 100%”, e iniciativas em H₂ voltadas a aplicações industriais e logísticas.

Ao comentar o projeto do JAQ Hidrogênio, Battistella afirmou ter ficado “muito impressionado” com a embarcação e ressaltou o efeito demonstração. “Tive uma excelente conversa com o Ernani e parabenizo pela iniciativa. Temos um grande desafio que é a transição energética no transporte marítimo. Projetos como o JAQ aceleram a adoção do hidrogênio, uma fonte renovável que pode ajudar decisivamente o setor”. Para ele, a combinação de prova de conceito em escala real com políticas públicas e investimento privado “encurta a curva de aprendizado” e amplia as condições para substituir combustíveis fósseis por alternativas de baixo carbono no modal aquaviário.

Sobre o Grupo Náutica

Com mais de 40 anos de mercado, o Grupo Náutica traz soluções em inovação, sustentabilidade, infraestrutura, eventos e comunicação na área náutica. É formado pela Revista Náutica (www.nautica.com.br), pioneira e líder no setor; o Boat Show, mais importante salão náutico da América Latina com as edições de São Paulo, Itajaí, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador e Foz do Iguaçu; a Metalu, maior fabricante de píeres e passarelas em alumínio do mundo; a SF Marina, especialista global em docas flutuantes de concreto e quebra-mares para marinas, portos e orlas marítimas; e o JAQ Hidrogênio, com projetos inovadores focados em pesquisas e sustentabilidade. O grupo também se preocupa com as questões sociais e é detentora das ações “Só Jogue na Água o que Peixe pode Comer”, assinada pelo cartunista Ziraldo, e “Por Uma Cidade Navegável”, que busca a navegação em lugares inimagináveis, assim como desenvolve os principais Guias de Turismo Náutico do país.

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