O tema da redação do Enem 2025 — “Perspectivas acerca do envelhecimento na sociedade brasileira” — é daqueles que mexem com a gente, porque fala da vida, do tempo e das escolhas que fazemos ao longo do caminho. É um tema amplo, que abre espaço para muitas discussões, porque o envelhecimento é inevitável, mas a forma como o vivemos é uma decisão pessoal.

 

 

 

Na sociedade em que vivemos, há quem se prepare para envelhecer e há quem prefira não pensar sobre isso. Alguns buscam a longevidade com qualidade de vida, cuidam do corpo, da mente e da alma; outros escolhem murmurar, lamentar o passar dos anos, como se o tempo fosse inimigo, quando na verdade ele é apenas um espelho do que fizemos de nós mesmos.

 

 

 

Eu, Hosana de Lourdes, penso que envelhecer não é se tornar inútil ou perder o brilho. A minha perspectiva é outra: quero envelhecer com dignidade, com força, com vontade de aprender e de viver. Não quero ser vista como um fardo, mas como alguém que ainda tem o que ensinar e o que sonhar.

 

 

 

É claro que no nosso país o idoso ainda é tratado com diferença — muitas vezes com indiferença —, e isso precisa mudar. O envelhecimento deveria ser encarado como um processo natural, uma etapa da vida que merece respeito, acolhimento e reconhecimento.

 

 

 

Quero tirar da minha vida essa ideia de que envelhecer é sinônimo de enfraquecer. Envelhecer é resistir. É olhar para trás com gratidão e para frente com esperança. É seguir acreditando que o tempo não rouba a essência — ele apenas lapida o que temos de mais verdadeiro.

 

 

Hosana de Lourdes, jornalista do portal tudodoms.