30/10/2025 09h15
Mercado fitness em alta: por que saúde virou novo símbolo de status social
Comportamento, performance e bem-estar definem o novo padrão de prestígio e impulsionam o crescimento do setor fitness
Uma recente projeção da Credence Research, consultoria global de inteligência de mercado especializada em consumo e varejo, aponta que o mercado fitness brasileiro deverá crescer cerca de 9,5% ao ano até 2030, impulsionado pela priorização da saúde e do autoconhecimento como elementos de estilo de vida.
João Ferrari, CEO da rede de lojas de suplementos NutraFit, afirma que a valorização da saúde como símbolo de status é um fenômeno que se consolida rapidamente no país. “Hoje, as pessoas dedicam tempo e recursos para mostrar que se cuidam. Essa atitude reflete valores, propósito e uma forma de pertencimento”, comenta o executivo. Para ele, o corpo saudável passou a ser uma expressão de sucesso e autocontrole, elementos que o público associa à realização pessoal e profissional.
Com a ascensão das redes sociais e a popularização do estilo de vida fitness, o bem-estar se tornou um dos principais motores de consumo contemporâneo. As pessoas passaram a buscar mais do que estética: querem energia, disposição e longevidade. Essa nova forma de enxergar a saúde impulsiona desde academias e estúdios de treino funcional até o mercado de suplementos, tecnologias vestíveis e exames de monitoramento corporal.
A ascensão do “status saudável” também vem acompanhada de uma mudança cultural: a consistência passou a ser mais valorizada do que resultados imediatos. Práticas como alimentação equilibrada, treinos regulares, suplementação personalizada e gestão do sono ganharam protagonismo. O público busca autenticidade e informação, valorizando marcas e profissionais que entregam confiança e coerência no discurso.
Esse novo comportamento impacta diretamente o varejo fitness, exigindo que as empresas ofereçam experiências completas, desde o atendimento consultivo ao acompanhamento digital. Ferrari ressalta que “o cliente de hoje quer se sentir parte de algo maior. Ele busca marcas que o ajudem a evoluir, não apenas produtos que prometem transformação rápida.”
O fenômeno também impulsiona o surgimento de novas categorias de consumo, como produtos de origem natural, suplementação e tecnologias de autoconhecimento, como o escaneamento corporal 3D e os aplicativos de análise metabólica. Tudo converge para um mesmo ponto: o desejo de viver melhor, com propósito e consciência.
Para João Ferrari, esse é o novo capítulo da indústria fitness: “A saúde é o verdadeiro status do futuro. Mais do que um corpo bonito, ela representa autocuidado, responsabilidade e evolução pessoal. As marcas que entenderem isso estarão um passo à frente”, conclui o empresário.




