Boletim sobre o câmbio — Elson Gusmão – diretor de Câmbio da Ourominas

O dólar opera em leve alta nesta quinta-feira, 30 de outubro de 2025, cotado em torno de R$ 5,36, após uma sequência de sessões de volatilidade moderada. O movimento reflete os ajustes do mercado diante das decisões recentes do Federal Reserve (Fed) e das repercussões do encontro entre o ex-presidente Donald Trump e o presidente chinês Xi Jinping, realizado na madrugada de hoje.

Na véspera, o Fed anunciou um corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros dos Estados Unidos, movimento amplamente esperado, mas que ainda gera incertezas sobre o ritmo das reduções futuras. A decisão trouxe alívio inicial aos mercados, mas a postura cautelosa do banco central americano — ao sinalizar que novos cortes dependerão dos próximos indicadores de inflação — limitou uma queda mais expressiva do dólar no cenário global.

O encontro entre Trump e Xi Jinping, ocorrido durante a madrugada, foi acompanhado de perto pelos investidores e trouxe sinais de disposição mútua para reduzir tensões comerciais. Apesar de não terem sido anunciadas medidas concretas, o tom mais conciliador entre os líderes melhorou o sentimento de mercado, com expectativa de que eventuais avanços nas negociações possam estimular o comércio internacional e beneficiar moedas emergentes, como o real.

No Brasil, o câmbio segue refletindo o ambiente externo, com o real oscilando em linha com os mercados globais. A ausência de novidades fiscais relevantes mantém a taxa sob influência internacional, enquanto o fluxo positivo de exportações ajuda a conter uma desvalorização maior. A cotação de R$ 5,36 é considerada estável dentro do intervalo observado nas últimas semanas, indicando um mercado mais equilibrado, porém sensível a novos desdobramentos da política monetária americana e das negociações comerciais entre EUA e China.

Boletim sobre o ouro — Mauriciano Cavalcante – diretor de ouro da Ourominas

O ouro opera em leve correção nesta quinta-feira, 30 de outubro de 2025, após semanas de forte valorização que levaram o metal a atingir novo recorde histórico acima de US$ 4.000 por onça troy. No momento, o preço gira em torno de US$ 4.002, refletindo ajustes técnicos após o rali recente impulsionado pela fraqueza do dólar, pela expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos e pelo aumento da demanda de bancos centrais e investidores que buscam proteção em tempos de incerteza geopolítica. A recente alta consolidou o ouro como o principal ativo de refúgio global, enquanto as bolsas internacionais e os títulos públicos dos EUA passaram por oscilações diante da postura mais cautelosa do Federal Reserve quanto à redução das taxas de juros.

Analistas apontam que, mesmo com a leve realização de lucros, o cenário de médio prazo segue favorável ao metal, sustentado por juros reais baixos e pela continuidade das tensões econômicas entre as grandes potências. No Brasil, o preço acompanha o movimento externo e permanece em níveis elevados, com o grama sendo negociado próximo de R$ 696, refletindo tanto a valorização internacional quanto a cotação do dólar em torno de R$ 5,36. A perspectiva para os próximos dias é de consolidação dos preços, com o mercado atento a novos sinais de política monetária dos EUA e ao comportamento do câmbio. Apesar da volatilidade recente, o ouro mantém seu papel de proteção e diversificação nas carteiras, sobretudo em períodos de incerteza global.

Sobre Elson Gusmão
Elson Gusmão é o Diretor de Operações da Ourominas, considerada uma das maiores empresas de ouro e câmbio do país. Formado em Gestão Financeira em 2016, está há mais de 8 anos na Instituição Financeira e DTVM. Faz análises sobre a cotação de câmbio de moedas e realiza comentários sobre as atualizações do mercado.

Sobre Mauriciano Cavalcante
Mauriciano Cavalcante é economista da Ourominas, uma das maiores empresas de compra e venda de ouro no Brasil. Bacharel em Negócios Internacionais e Comércio Exterior, o especialista comenta sobre a cotação do ouro e câmbio de moedas. Mauriciano também aborda sobre tendências do mercado nacional e internacional e sua correlação com o mercado cambial.

Sobre a Ourominas
A Ourominas (OM) possui anos de história e atuação. Ao longo desse período construiu uma sólida reputação, se consolidando como uma bem-sucedida instituição do mercado e referência no Brasil em serviços financeiros.
Atualmente a OM possui um portfólio diversificado de soluções financeiras no mercado de ouro ativo financeiro para exportação, investimento e consumo industrial, da qual é certificada na Americas Gold Manufacturers Association (AMAGOLD). E no mercado de câmbio de moedas estrangeiras para turismo e negócios internacionais, integra a Associação Brasileira de Câmbio (ABRACAM).
Em 2021, a OM foi a primeira Instituição Financeira da América Latina a possuir as certificações ISO 9001, 14001 e 45001, e em 2022, a OM foi a primeira Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM) da América Latina a possuir a certificação Great Place to Work (GPTW).
Com uma estrutura completa de consultores especializados, oferece atendimento dedicado a diversos perfis de empresa ou pessoa física, moldando os produtos às necessidades dos clientes com qualidade, agilidade e baixos custos operacionais