O mercado imobiliário brasileiro tem experimentado inovações que buscam facilitar a aquisição da casa própria, unindo planejamento financeiro e oportunidades de investimento. Uma dessas novidades é a possibilidade de arrematar imóveis em leilões judiciais utilizando recursos de um consórcio, combinando a segurança do parcelamento com os preços competitivos dos leilões.

Tradicionalmente, consórcios e leilões funcionam de maneira distinta. No consórcio, o consumidor participa de um grupo administrado por uma empresa regulamentada pelo Banco Central e só consegue adquirir o imóvel quando é contemplado, seja por sorteio ou mediante lance. Por isso, o prazo para contemplação da carta de crédito pode variar de meses a anos, tornando o modelo planejado e seguro, mas dependente de paciência.

Por outro lado, leilões imobiliários oferecem aquisição quase imediata, com imóveis vendidos pelo maior lance, geralmente à vista, e com valores frequentemente abaixo do preço de mercado. São divididos em duas modalidades principais: judicial, aqueles decorrentes de processos judiciais para quitação de dívidas, e extrajudicial, os que são comumente promovidos por bancos ou instituições financeiras devido à inadimplência de contratos de financiamentos com garantia de alienação fiduciária. Embora mais rápidos, os leilões exigem atenção à documentação e ao estado de ocupação dos imóveis.

A Topo Leilões, uma das casas de arremates mais conhecidas do país, passou a oferecer a integração entre leilão judicial e consórcio em parceria com uma grande administradora nacional de consórcios, a Ademicon. Segundo o leiloeiro oficial Guilherme Toporoski, essa combinação traz vantagens significativas: os imóveis podem ter descontos de até 50% em relação ao valor de mercado, com possibilidade de valorização rápida, sobretudo em regiões em expansão ou revitalização.

O projeto pioneiro da Ademicon é uma aposta para democratização do acesso ao sonhos do imóvel próprio, a empresa é conhecida pela atuação vanguardista e com uma análise diferenciada do crédito após a contemplação, além de oferecer opções de parcelas reduzidas antes da contemplação e possuir opções de lances fixos, livres e fidelidade.

“A possibilidade de adquirir um imóvel em leilão judicial pelo sistema de cotas do consórcio torna o sonho da casa própria ou da maximização de investimentos mais viável, democratizando oportunidades que antes exigiam capital imediato”, afirma Toporoski.

Além disso, a legislação permite que, caso o consorciado arremate um imóvel antes da liberação da carta de crédito, a administradora realize o reembolso do valor investido, conforme o artigo 18, parágrafo 1º da Resolução 285/2023 do Banco Central, utilizando como garantia o imóvel adquirido ou bens de terceiros. Especialistas do setor destacam que essa tendência reflete uma demanda crescente por modalidades de compra mais flexíveis, que permitam ao consumidor aproveitar oportunidades de preço sem abrir mão do planejamento financeiro. Com a combinação de consórcio e leilão judicial, é possível reduzir o tempo de espera para a aquisição e minimizar o impacto financeiro.

O movimento reforça a estratégia de democratização do acesso à propriedade, mostrando que o consumidor brasileiro tem buscado cada vez mais alternativas que aliem segurança, previsibilidade e oportunidades de investimento, em um cenário de juros ainda elevados e alta valorização dos imóveis.