19/09/2025 12h17
Famílias endividadas no Brasil chegam a 78 milhões: entenda as principais causas de endividamento
Dívidas com empréstimos bancários e cartões de crédito lideram maiores motivos de inadimplência dos brasileiros
O endividamento das famílias brasileiras atingiu um novo recorde em 2025. De acordo com um levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 78,2% das famílias do país convivem com algum tipo de dívida, o que representa cerca de 78 milhões de pessoas impactadas.
Divulgado em maio, o dado acendeu o alerta sobre os riscos do crédito descontrolado e as dificuldades em manter as contas em dia. Esse cenário reforça a necessidade de compreender as principais causas para endividamento e os motivos para inadimplência. Mais do que números, o fenômeno reflete mudanças no consumo, na economia e nos hábitos financeiros.
Quais são as principais causas de endividamento?
O crescimento do endividamento não é resultado de um único fator. Diversos elementos contribuem para esse aumento, como:
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Uso excessivo do cartão de crédito: meio de pagamento mais utilizado no país, o cartão de crédito tem juros muito altos, que facilmente transformam pequenas dívidas em grandes passivos.
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Desemprego e informalidade: a perda de renda fixa compromete o pagamento de parcelas assumidas anteriormente.
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Inflação e custo de vida: a alta nos preços de alimentos, energia e transporte reduz a margem do orçamento para quitar dívidas.
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Empréstimos pessoais e consignados: muitos recorrem a crédito para pagar outras contas, criando um ciclo de endividamento quase infindável.
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Educação financeira limitada: a falta de planejamento e o desconhecimento sobre juros tornam a população mais vulnerável a endividamentos.
O Brasil vive uma combinação de crédito acessível, renda comprometida e consumo elevado que cria terreno para a inadimplência. O estudo ainda aponta que hoje quase 30% das famílias estão com contas em atraso, índice também recorde.
Como sair do endividamento?
Apesar do cenário desafiador, existem caminhos práticos para reorganizar as finanças. Um deles é renegociar dívidas com credores, buscando juros menores e prazos mais longos. Outra etapa essencial é estudar como limpar o nome, recurso que devolve ao consumidor acesso a um crédito mais saudável.
Entre as estratégias recomendadas, pode-se destacar:
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Mapear todas as dívidas: identificar valores, prazos e taxas de juros.
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Priorizar pagamentos: quitar primeiro dívidas com juros mais altos, como cartão de crédito e cheque especial.
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Renegociar contratos: bancos e instituições financeiras oferecem programas para facilitar a quitação.
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Evitar novas dívidas: enquanto não houver controle total, é importante restringir o uso do crédito.
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Educação financeira: cursos gratuitos e conteúdos digitais podem ajudar na mudança de hábitos.
Em muitos casos, é necessário rever o padrão de consumo familiar e ajustar as expectativas. O objetivo é substituir o ciclo de dívidas pelo de acúmulo de reserva financeira, mesmo que em pequenas quantias. Controlar os gastos hoje é a chave para evitar a inadimplência amanhã.
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