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'Rindo e chorando': diagnosticado com leucemia, professor Carlão acha doador


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  • mell280

23/08/2016 16h00

'Rindo e chorando': diagnosticado com leucemia, professor Carlão acha doador

Há um ano, Carlão transformou a dor em luta

Izabela Sanchez


 

 
  • (divulgação)

O professor Carlos Alberto Rezende, o Carlão, 'renasceu' na tarde desta terça-feira (23). Ele recebeu uma notícia que poucas pessoas recebem durante a vida: lutando há exatamente um ano contra uma doença na medula – aplasia medular – o professor conseguiu uma medula 100% compatível, que é raro quando se trata do transplante.

Ele conversou com a voz embargada mas transmitindo uma alegria sem igual. “Você está me ouvindo, eu estou rindo e chorando. Recebi a informação do meu médico e estou até agora muito feliz com o carinho que recebi das pessoas dos amigos, das amigas”.

Com a doença, Carlão criou um novo rumo: a luta pela doação de sangue e medula. Enquanto estava internado, o professor criou a campanha “Doador sangue bom” que, agora, será um Instituto e será inaugurado no final de setembro.

“Eu sou uma pessoa resignada e achei que já que fui acometido vou lutar e vou continuar lutando. Sempre encaro com humor e ação. Faço 15 palestras por mês, mais de 30 campanhas de doação. Vou continuar lutando pra que mais pessoas sintam o que senti hoje”, contou, emocionado.

‘A gente só sabe o quão forte a gente é quando ser forte é a única opção’

É uma das lições que Carlão irá levar. Outra delas, é a luta e a conquista compartilhada. Durante a campanha, quando estava internado, o professor conheceu um menino de 10 anos que também precisava do transplante. A criança conseguiu realizar a cirurgia de transplante ontem (22) e hoje, Carlão chorou junto ao pai da criança, comemorando a vitória dupla.

“O pai dele tinha me ligado hoje na hora do almoço, a gente estava chorando de alegria. E em seguida recebi a notícia, choramos juntos. Mas o importante disso tudo é bastante simbólico, é a luta que eu vou continuar. Um pequeno gesto salvou minha vida”.

Como doar

São necessários cerca de quinze minutos e apenas 4 ml de sangue para entrar no cadastro de doação de medula óssea. Gesto simples, mas que pode salvar vida de centenas de pessoas.

Em Mato Grosso do Sul, cerca de 145 mil pessoas fazem parte do cadastro. No Brasil são, aproximadamente, 4 milhões de pessoas. Os números são considerados baixos, pois há dificuldade de se encontrar doador compatível.

Para se cadastrar e ser um doador não é exigido limite mínimo de peso ou restrições às gestantes. É preciso ter de 18 a 55 anos, não ter histórico de doenças venéreas ou câncer. A coleta é feita nos hemonúcleos. Confira os locais em Campo Grande:

 




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