- mell280
29/12/2025 08h56
O que 2025 ensinou aos jovens empresários: 5 aprendizados para facilitar a rotina dos pequenos negócios
Alta dos juros, crédito restrito e inadimplência recorde pressionaram empresas; confederação aponta lições práticas para quem empreende em escala menor
O ano de 2025 foi marcado por um ambiente desafiador para os pequenos negócios no Brasil. Em maio, o país registrou 6,7 milhões de micro e pequenas empresas inadimplentes, segundo levantamento da Serasa Experian, o número representa uma alta de 5,2% em relação ao mesmo período de 2024. Juros elevados e maior dificuldade de acesso ao crédito estiveram entre os principais fatores de pressão sobre os empreendedores.
Nesse cenário, a capacidade de adaptação, o controle financeiro e a relação com clientes se tornaram pontos decisivos para a sobrevivência das empresas. Para Fábio Saraiva, advogado e presidente da CONAJE (Confederação Nacional de Jovens Empresários), 2025 evidenciou um padrão claro.
“O ano mostrou que não foi o empreendedor mais experiente que se saiu melhor, mas aquele que conseguiu corrigir rotas mais rapidamente. Negócios com disciplina financeira, controle do caixa e flexibilidade para ajustar estratégias tiveram mais condições de atravessar o período”, afirma.
Com base na observação do comportamento dos pequenos negócios ao longo do ano, a CONAJE reuniu cinco aprendizados recorrentes que podem facilitar a rotina de quem empreende.
1. Não existe crescimento sem caixa
Em um contexto de crédito caro e prazos mais longos de recebimento, a falta de controle do caixa se mostrou um dos principais fatores de risco. Segundo a entidade, empresas que monitoraram entradas e saídas de forma constante conseguiram manter a operação mesmo com queda no consumo.
2. Relacionamento com cliente é o diferencial
Cada vez mais o mercado mostra que o produto por si só não garante a rentabilidade do negócio. A empresa não vence a concorrência pela venda e sim pelo que faz após a negociação. Quem cuida do cliente está um passo à frente dos que priorizam apenas a mercadoria. Os consumidores passaram a valorizar a rapidez, resposta, pós-venda, acolhimento e resolução de problemas.
3. Adaptar-se rapidamente virou condição de sobrevivência
Mudanças econômicas, tecnológicas e no padrão de consumo exigiram ajustes constantes. Para a CONAJE, negócios que demoraram a reconhecer falhas ou insistiram em modelos engessados enfrentaram mais dificuldades ao longo do ano.
4. Decisão rápida reduz prejuízos
Revisar metas com frequência, testar em menor escala antes de grandes investimentos e abandonar rapidamente estratégias que não funcionam foram práticas observadas entre empresas que conseguiram manter estabilidade. “Decisão eficiente não é a perfeita, é a que chega a tempo”, resume Saraiva.
5. Redes empreendedoras ganharam papel estratégico
A troca de experiências entre empreendedores se consolidou como ferramenta prática de gestão. Grupos, conselhos, núcleos jovens, mentorias coletivas e encontros setoriais cresceram em 2025 por oferecerem soluções aplicáveis e apoio em momentos de instabilidade.
Para a CONAJE, os desafios do último ano deixaram aprendizados objetivos. “Grande parte dos erros observados em 2025 é evitável. Iniciar o ano com controle diário do caixa, reduzir dependência de empréstimos e ajustar estoques de forma mais eficiente são medidas simples que ajudam a atravessar períodos difíceis”, conclui Saraiva.
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Sobre a Conaje
A Confederação Nacional de Jovens Empresários (Conaje) é uma entidade sem fins lucrativos que atua há 25 anos no fomento ao empreendedorismo e na capacitação de jovens lideranças empresariais. Está presente em 17 estados e reúne mais de 15 mil jovens empresários. Com 20 movimentos locais ativos, a Conaje promove ações voltadas à formação de lideranças, à geração de negócios e ao fortalecimento de políticas públicas para o desenvolvimento de micro e pequenas empresas. Entre os projetos de maior relevância da entidade estão o Feirão do Imposto, o Conaje Capacita, a Semana Global do Empreendedorismo e o Concurso Nacional de Startups. A Conaje também representa o Brasil em instâncias como BRICS Jovem, FIJE (Federação Ibero-Americana de Jovens Empresários), Mercosul Jovem e G20, na articulação de pautas do empreendedorismo nacional para o cenário internacional. |
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