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A cirurgia do verão não começa no verão: por que planejar com antecedência é decisivo para a segurança


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29/12/2025 07h19

A cirurgia do verão não começa no verão: por que planejar com antecedência é decisivo para a segurança

DAIANE BOMBARDA Jornalista/Assessoria de Imprensa


 

  O cirurgião plástico Dr. Josué Montedonio, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), explica por que o planejamento com meses de antecedência é fundamental para reduzir riscos e garantir bons resultados.  

Todos os anos, com a aproximação do verão, cresce de forma expressiva a procura por cirurgias plásticas. O desejo de chegar às férias, festas de fim de ano ou viagens com mudanças no corpo é legítimo. O que preocupa os especialistas, no entanto, não é essa busca, e sim a tentativa de acelerar processos médicos complexos para atender a um prazo puramente estético.

Entre os meses de novembro e janeiro, é comum observar um aumento de pacientes que desejam operar “o quanto antes”. E é justamente nesse cenário que surgem os maiores riscos. Cirurgia plástica não pode ser tratada como decisão de última hora. Segurança exige planejamento.

O cirurgião plástico Dr. Josué Montedonio, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), alerta que a chamada “cirurgia do verão” não começa no verão. Ela começa meses antes, com avaliação criteriosa, preparo clínico adequado e definição correta da estratégia cirúrgica.

“A pressa é um dos principais inimigos da segurança. O preparo envolve exames, estabilização clínica, ajustes de peso e análise detalhada de riscos. Nada disso se faz de um dia para o outro”, afirma o médico.

Por que o preparo precisa começar com antecedência?

Uso de medicamentos para emagrecimento e estabilização do peso

Tem se tornado cada vez mais frequente o atendimento de pacientes em uso recente de medicamentos como semaglutida e liraglutida. Essas substâncias interferem diretamente no esvaziamento gástrico, mantendo o estômago cheio mesmo após horas de jejum, o que aumenta de forma significativa o risco de broncoaspiração durante a anestesia.

“Suspender a caneta emagrecedora antes da cirurgia não é um detalhe. É uma medida essencial de segurança, que impacta diretamente o planejamento anestésico e precisa ser considerada com antecedência”, reforça Dr. Montedonio.

Além disso, o peso corporal deve estar estável. Cirurgias realizadas durante períodos de perda acelerada de peso costumam apresentar pior qualidade de cicatrização, maior risco de complicações e resultados estéticos menos duradouros.

Exames pré-operatórios e doenças silenciosas

Alterações como anemia, diabetes descompensado, distúrbios hormonais e problemas cardíacos muitas vezes só são identificadas durante os exames pré-operatórios.

“Quando o paciente procura o cirurgião em cima da hora, muitas vezes não há tempo suficiente para corrigir essas alterações. O adiamento da cirurgia, nesses casos, não é excesso de cautela, é responsabilidade médica”, explica o especialista.

Avaliação da pele e indicaçã correta do procedimento

Outro erro comum é acreditar que a lipoaspiração resolve qualquer queixa abdominal. A lipo melhora o contorno corporal, mas não trata flacidez nem excesso de pele.

“Em casos de flacidez importante, a indicação correta pode ser a abdominoplastia ou a associação de técnicas. Essa decisão exige avaliação detalhada, planejamento e tempo”, destaca Dr. Josué.

Hábitos e condições que impactam o pós-operatório

Tabagismo, hipertensão arterial, uso de medicações contínuas e até suplementos naturais podem interferir diretamente na cirurgia e na recuperação.

“Cada detalhe importa. Quando o paciente chega muito próximo da data desejada, não há tempo para suspender substâncias que aumentam sangramento ou para ajustar hábitos que elevam o risco cirúrgico”, afirma o cirurgião.

A ilusão da “cirurgia rápida”

A exposição constante de procedimentos nas redes sociais criou a falsa impressão de que cirurgias como lipo LADprótese de mama ou miniabdominoplastia são simples, rápidas e dispensam preparo.

“Não existe cirurgia plástica simples. Existe cirurgia segura. E segurança depende de planejamento, equipe qualificada e paciente em condições clínicas ideais”, reforça o médico.

Dá para operar no verão? Sim, desde que haja preparo

Operar em dezembro ou janeiro não é proibido. O problema não é a época do ano, mas a falta de planejamento. Para que a cirurgia seja segura, o paciente precisa apresentar peso estável, exames controlados, ausência de uso recente de canetas emagrecedoras, avaliação correta da pele, tempo adequado para recuperação e boas condições clínicas.

“Quem começa cedo opera com tranquilidade, segurança e tende a alcançar resultados melhores e mais duradouros”, pontua Dr. Montedonio.

A mensagem final

A cirurgia plástica começa muito antes da sala de operação. Ela começa com informação de qualidade, planejamento responsável e respeito aos limites do corpo.

“Quando essas etapas são respeitadas, evitamos riscos desnecessários e entregamos resultados consistentes. Segurança não atrasa cirurgia. Segurança viabiliza bons resultados.”

 
 

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