Aparecida de Goiânia atravessa um ciclo expressivo de expansão econômica que vem redefinindo seu papel na Região Metropolitana. Nos últimos anos, o município se consolidou como polo de desenvolvimento, movimento que reforça sua autonomia urbana e reduz o histórico fluxo pendular para Goiânia. 

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Aparecida de Goiânia é a segunda cidade mais populosa do estado, ficando atrás apenas de Goiânia.  No quesito riquezas, Aparecida de Goiânia conseguiu ultrapassar Anápolis pela primeira vez na história.  Último levantamento do Produto Interno Bruto (PIB) mostra que o município produziu, em 2023, R$ 20.888.937 - ficando atrás de Goiânia ( R$75.780.846) e Rio Verde ( R$ 22.310.032).

Esse desempenho positivo reflete, também, no ambiente de negócios: pelo Índice de Cidades Empreendedoras (ICE), a cidade saltou do 65º para o 35º lugar entre 2022 e 2023, além de integrar, segundo a Urban Systems, a lista das  100 melhores cidades do Brasil para se fazer negócios. 

De acordo com William Barbosa, da CINQ Inteligência Urbana, esses índices econômico, social e demográfico conquistados, elevaram o patamar de Aparecida de Goiânia “cidade dormitório” para um como um município independente e desejado para morar, reduzindo   o movimento de cidade dormitório em relação à Goiânia. 

Porém, o mercado imobiliário não acompanhou esse cenário favorável para novos empreendimentos. Segundo estudo da Brain Inteligência Estratégica realizado sobre o terceiro trimestre 2025, o estoque de conjunto de imóveis de Goiânia e Aparecida somam 11.512 unidades, sendo que Aparecida representa apenas 6,33% desse total. “Esta é uma evidência de que a cidade possui forte carência de novos produtos imobiliários, especialmente diante do crescimento local”, declara William.

A pesquisa da Ademi não leva em consideração os imóveis do Minha Casa Minha Vida. Mas, falando em primeira moradia, esta carência mais que dobrou na cidade. Segundo a pesquisa do Instituto Mauro Borges (IMB), aumentou em 122,49% o número de famílias que ainda não têm casa própria. Em 2020,  eram 4.686;  em 2023, essa realidade atingiu 10.426 famílias em Aparecida de Goiânia. 

O descompasso entre desenvolvimento econômico e oferta de moradias qualificadas se tornou, portanto, um grande gargalo urbano a ser enfrentado. É nesse cenário que surgem soluções urbanas capazes de responder à dimensão atual do município. Um dos projetos em andamento no município é o Cidade do Amanhã, bairro planejado da CINQ Inteligência Urbana, baseado nos princípios do Novo Urbanismo e estruturado para integrar moradia, serviços, natureza, mobilidade e espaços públicos.

“Diante do cenário de forte expansão, baixo estoque habitacional e transformação econômica, o Cidade do Amanhã emerge como alternativa estratégica para suprir parte da demanda iminente e acompanhar a nova fase de crescimento de Aparecida de Goiânia”, pontua William, que é o diretor comercial da CINQ.

Com mais de 300 hectares e localização a 1,1 km do Centro de Aparecida, o empreendimento foi desenvolvido para atender famílias que buscam qualidade de vida, proximidade, segurança urbana e acesso a atividades cotidianas sem depender de longos deslocamentos. O projeto prevê a implantação de um condomínio horizontal da grife Parqville, edifícios comerciais, edifícios residenciais, áreas comerciais, educacionais e um parque linear, entre outras estruturas. 

O projeto será o primeiro do Centro-Oeste a ser desenvolvido com base no Novo Urbanismo. O movimento criado no fim dos anos 80 e formalizado nos anos 90 nos Estados Unidos, o conceito do novo urbanismo nasceu como uma reação aos problemas gerados pelo urbanismo modernista e vem se espalhando pelo mundo. Trata-se de uma visão que acredita na reestruturação dos grandes centros, transformando bairros em comunidades coesas e compactas.

“O Novo Urbanismo surge como resposta ao modelo modernista baseado no automóvel, e traz valores como o senso de pertencimento, diversidade de usos, densidade equilibrada, espaços públicos de qualidade, a caminhabilidade e a presença da natureza como parte para o desenvolvimento urbano”, destaca Eduardo Oliveira, sócio-fundador da CINQ. Desse modo, a Cidade do Amanhã surge em contraponto à urbanização desenfreada, valorizando a vivência e a mobilidade dos pedestres com a construção de um bairro policêntrico, com moradia, trabalho, educação, lazer, comércio e serviços coexistindo no mesmo território.

“A Cidade do Amanhã promete revolucionar o segundo maior município de Goiás e uma nova referência de qualidade de vida para o País, propondo uma cidade viva e integrada, com a presença da natureza como elemento estruturante", complementa Eduardo. O projeto será lançado no primeiro trimestre de 2026.