Descubra como planejar uma jornada terrestre entre países sul‑americanos com menos percalços e mais confiança

Viajar pelo Mercosul é como folhear um livro cheio de trilhas conectadas. Ao invés de decolar em um avião e olhar as nuvens, muitos turistas preferem sentir o vento e observar a paisagem que desliza pelas janelas de ônibus ou pelas estradas. Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai formam um mosaico de culturas, paisagens e sabores que se entrelaçam ao cruzar fronteiras terrestres, mas nem tudo é tão simples quanto traçar uma linha no mapa. É essencial conhecer as regras que regem essa jornada para aproveitar o turismo na América do Sul com tranquilidade e sem surpresas.

Documentação exigida: RG ou passaporte?

A documentação para uma viagem pelo Mercosul pode ser comparada a uma chave que abre portas entre países vizinhos. Brasileiros não precisam de passaporte para entrar nos Estados Partes do Mercosul. O RG é suficiente, desde que esteja em bom estado, com foto reconhecível e emitido há menos de 10 anos. Essa facilidade vem de acordos que simplificam o trânsito terrestre entre os países.

Ainda assim, se o RG estiver desgastado ou você preferir uma margem de segurança, o passaporte funciona como um aliado extra. Ele não é obrigatório, mas pode tornar a travessia mais ágil, evitando questionamentos nas fronteiras.

Quem viaja de ônibus deve portar RG ou passaporte válido. Outros documentos do dia a dia, como CNH ou carteiras profissionais, não substituem a identificação oficial para fins de imigração.

Atenção a vacinas e exigências sanitárias

Preparar a mochila para uma viagem pelo Mercosul inclui atenção às exigências sanitárias. Muitas restrições impostas durante a pandemia de Covid-19 foram suspensas, mas ainda é recomendável manter a vacinação em dia. Uma peça essencial é o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP), principalmente para doenças como febre amarela, que podem ser exigidas por alguns países, como o Paraguai.

Ter as vacinas em dia funciona como um escudo que protege o viajante e garante mais tranquilidade ao cruzar fronteiras. Além disso, os países do Mercosul têm reforçado ações de cooperação em saúde, incluindo programas conjuntos de vacinação em regiões fronteiriças. Isso mostra que, assim como na estrada, cuidar da saúde é parte fundamental para manter a viagem fluindo sem percalços.

Logística e rotas terrestres integradas

Planejar a logística de uma viagem pelo Mercosul é como montar um quebra-cabeça. Cada rota precisa se encaixar para revelar o panorama completo da viagem. As rodovias que conectam cidades e pontos turísticos são bem estruturadas, permitindo deslocamentos de ônibus ou carro entre países com relativa facilidade.

Nos postos de fronteira, os agentes verificam os documentos de entrada e saída, como guardiões que registram capítulos importantes da sua história de viagem. Planejar essas etapas evita filas e garante que você chegue aos destinos com tranquilidade e liberdade para explorar.

Muitos viajantes usam o Brasil como base estratégica. Ao garantir a passagem de ônibus Foz do Iguaçu, por exemplo, o turista se posiciona no coração da Tríplice Fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. Ali, três países conversam sem barreiras físicas, e a travessia terrestre se torna natural.

Para quem viaja de carro, é importante considerar o Seguro Carta Verde, obrigatório para veículos brasileiros que cruzam fronteiras no Mercosul. Ele cobre responsabilidade civil em território estrangeiro, evitando contratempos durante o percurso.

Dicas práticas para cruzar fronteiras terrestres

Organizar uma viagem pelo Mercosul envolve mais do que juntar documentos, e algumas orientações ajudam a tornar o percurso mais tranquilo.

• Confira a validade do RG e considere tirar uma segunda via, se necessário.

• Leve o passaporte como documento complementar.

• Mantenha a carteira de vacinação atualizada e tenha o CIVP, se sua rota exigir.

• Tenha bilhetes de transporte e comprovantes de hospedagem à mão para apresentar, quando solicitado.

Viajar pela América do Sul por terra é como percorrer um mosaico de culturas, sotaques e sabores. Cada fronteira cruzada revela um novo tom de cor e novas experiências. Com planejamento e atenção aos detalhes, a estrada se transforma em um caminho de descobertas, conectando não apenas países, mas histórias que ficam na memória.