A TCR Finance, fintech brasileira especializada em pagamentos globais, ultrapassou a marca de R$ 2 bilhões em transações internacionais entre 2024 e 2025, ampliando sua presença multimoeda e acelerando um modelo híbrido que combina Pix, blockchain e infraestrutura bancária via SWIFT — o sistema global de transferências entre bancos.

A empresa tornou-se a primeira no Brasil a utilizar stablecoins (USDT/USDC) para complementar fluxos internacionais ligados ao SWIFT, permitindo liquidações em menos de um minuto, com alta rastreabilidade e custos significativamente reduzidos. O avanço é sustentado por uma tecnologia proprietária que integra bancarização tradicional e trilhos digitais, operando em BRL, USD, EUR, MXN, COP e ARS, e atendendo empresas no Brasil, EUA, México, Argentina, Colômbia e Paraguai.

A plataforma também permite que estrangeiros aceitem Pix e recebam em dólar — algo inédito no setor. O fundador e CEO, Ricardo Farhat, explica que o objetivo desde o início foi “mudar a forma como empresas brasileiras realizam pagamentos internacionais, combinando transparência, segurança e eficiência operacional”. Segundo ele, a TCR está em expansão global e se estruturando para atender a uma demanda crescente por soluções corporativas reguladas.

Parte desse avanço vem da arquitetura tecnológica desenvolvida pelo cofundador e CTO, Márcio Souza, que começou a conceber o modelo ainda em 2020, ao perceber o início do interesse institucional por ativos digitais. Na época, ele já estudava como unir a eficiência da blockchain às estruturas bancárias tradicionais, apoiado por sete anos de experiência com sistemas que atendiam bancos como Sofisa, Safra, Bradesco e Banrisul. “Entendi que o mercado corporativo precisava de velocidade, mas sem abrir mão de padrões de liquidação, segurança e conformidade típicos do sistema financeiro”, resume Souza.

Esse entendimento levou ao desenvolvimento de uma infraestrutura própria que combina microserviços, autenticação de múltiplas camadas, conciliação em tempo real e uma orquestração automática entre bancos locais e internacionais, Pix, stablecoins e o sistema SWIFT. “O resultado é uma plataforma capaz de executar pagamentos internacionais em segundos, com disponibilidade elevada e rastreabilidade completa”, reforça o CTO.

No campo regulatório, a empresa opera alinhada à Lei 14.478 e às diretrizes do Banco Central para prestadores de serviços de ativos virtuais. A TCR construiu uma arquitetura robusta de compliance, incluindo KYC/KYB reforçado, trilhas completas de auditoria e mecanismos automatizados de análise transacional. A plataforma utiliza atualmente a infraestrutura do JP Morgan para liquidações internacionais, sem caracterizar parceria institucional, e mantém tecnologia 100% própria para controle de processos e flexibilidade operacional.

O COO Gabriel Boni destaca que a base da TCR é justamente essa interoperabilidade entre sistemas: “Criamos uma infraestrutura totalmente rastreável e interoperável com padrões globais, capaz de integrar Pix, stablecoins e SWIFT em uma única estrutura de liquidação”. Ele afirma que a missão da empresa é permitir que negócios operem “com a mesma segurança de um banco, mas com a agilidade da nova economia”.

A TCR Finance também avança em seu modelo de Banking as a Service (BaaS), oferecendo contas empresariais internacionais conectadas à sua tecnologia de liquidação. Para fintechs e plataformas digitais, a empresa fornece APIs e soluções White-Label que replicam todo o ecossistema — incluindo compliance, liquidez e suporte — permitindo que parceiros integrem câmbio tradicional, stablecoins e pagamentos multilaterais em um único sistema.

Ao olhar para o futuro, Farhat reforça que governança continuará guiando o crescimento: “Queremos escalar sem abrir mão de compliance e segurança. Atendemos empresas que precisam de velocidade, mas que não aceitam risco regulatório”.

Sobre a TCR Finance

A TCR Finance é uma fintech brasileira especializada em liquidações internacionais com uso de stablecoins integradas ao sistema financeiro tradicional. Sua infraestrutura híbrida combina Pix, trilhos digitais (USDT/USDC) e bancos conectados ao SWIFT, permitindo pagamentos globais em segundos com alta rastreabilidade e spreads reduzidos. Entre 2024 e 2025, a empresa movimentou cerca de R$ 2 bilhões. Atende empresas de todos os portes em BRL, USD, EUR, MXN, COP e ARS, oferecendo câmbio instantâneo, pagamentos multilaterais e soluções corporativas de compliance, KYC/KYB e auditoria. A TCR avança ainda no modelo de Banking as a Service (BaaS), viabilizando contas internacionais empresariais integradas à sua tecnologia de liquidação.