- mell280
04/12/2025 06h00
Recicladoras fortalecem avanço da logística reversa e garantem 95% de reciclabilidade das embalagens de defensivos agrícolas no Brasil
A etapa da reciclagem transforma o plástico pós-consumo em novos produtos e sustenta os altos índices de desempenho do Sistema Campo Limpo.
O Brasil mantém posição de destaque mundial na logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas e segue ampliando sua eficiência. Um dos fatores centrais desse resultado está no papel das recicladoras, que integram o fluxo operacional do Sistema Campo Limpo e são responsáveis pela transformação do plástico pós-consumo em novos produtos. A taxa de reciclabilidade das embalagens recebidas pelo Sistema é de aproximadamente 95%, índice que reforça a maturidade técnica e a consistência do processo que contribui com o meio ambiente, gera empregos e proporciona ganhos sociais.
Depois que as embalagens vazias são devolvidas pelos agricultores, passam por inspeção e são encaminhadas ao destino adequado. Nas recicladoras, ocorre a etapa que encerra o ciclo e inicia outro: o material é convertido em artefatos para construção civil, eletrificação, transporte e aplicações agrícolas, além de ser utilizado também para a produção de novas embalagens de defensivos agrícolas, sempre de acordo com seus padrões de homologação. Essa capacidade de transformação reduz a necessidade de matéria-prima virgem, amplia a circularidade do setor e fortalece diferentes cadeias produtivas conectadas ao agro brasileiro.
O fluxo operacional do Sistema Campo Limpo conta atualmente com 10 recicladoras parceiras, responsáveis por transformar o plástico pós-consumo em novos insumos industriais. Apenas em 2024, o Sistema reciclou 61.954 toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas do total recebido no ano, resultado diretamente ligado à eficiência dessas unidades. O desempenho também se apoia na variedade de aplicações possíveis: hoje existem 38 artefatos homologados, como tubos para esgoto utilizados na construção civil, postes de sinalização para o setor de transportes e cruzetas para postes de energia, todos produzidos com resina pós-consumo proveniente das embalagens devolvidas.
Atualmente, 100% das embalagens primárias plásticas rígidas, lavadas ou não lavadas, são recicladas dentro do Sistema, garantindo circularidade completa desse tipo de material. Antes de serem transformadas em resina, elas passam pela tríplice lavagem, que assegura qualidade técnica e segurança para que o plástico seja posteriormente convertido em dutos e eletrodutos corrugados, entre outros produtos. Entre as recicladoras parceiras, iniciativas de melhoria contínua reforçam o compromisso ambiental. A Plastibras, por exemplo, opera com reuso total da água utilizada no processo industrial, graças a uma Estação de Tratamento de Efluentes equipada com tecnologia moderna e monitoramento técnico permanente.
O avanço também se traduz em impacto social e desenvolvimento regional. Unidades de reciclagem instaladas no Brasil geram centenas de empregos diretos e indiretos, movimentam serviços de transporte e ampliam a renda local. O crescimento dessas operações demonstra que a logística reversa, além de ambientalmente estratégica, consolidou-se como vetor econômico para diversas regiões do país.
Para Adilson Valera Ruiz, diretor executivo da Plastibras, recicladora brasileira e parceira do Sistema Campo Limpo, a etapa da reciclagem está no centro da transformação vivida pelo campo nas últimas décadas. Ele destaca que a diferença entre o cenário anterior e o atual é marcante.
“Antes do Sistema, era comum ver embalagens sendo queimadas ou enterradas no interior. Hoje, esse material se tornou matéria-prima valiosa para toda uma cadeia industrial”, afirma.
Adilson também reforça que a reciclagem contribui para fortalecer a percepção de sustentabilidade da agricultura brasileira.
“O uso de defensivos é técnico e responsável. O Sistema Campo Limpo fecha esse ciclo ao garantir que as embalagens retornem e sejam reaproveitadas, gerando benefícios ambientais e econômicos reais”, explica.
A assinatura do Sistema, “Por um destino melhor”, representa o compromisso contínuo de todos os envolvidos no fluxo. Para Adilson, sustentabilidade é construída por escolhas cotidianas.
“Sustentabilidade está nas atitudes do dia a dia. Reaproveitar, gerar produtos, evitar impactos e criar benefícios é o que realmente contribui para um destino melhor”, finaliza.

Com reciclagem em alta escala, indicadores sólidos e expansão da capacidade instalada, o Sistema Campo Limpo reforça sua posição como referência mundial em logística reversa no agro, consolidando um fluxo que alia responsabilidade ambiental, competitividade e inovação para o setor agrícola brasileiro.
Sistema Campo Limpo
O Sistema Campo Limpo é uma referência mundial em logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas. Desde o início de sua operação, em 2002, o Sistema já destinou de forma ambientalmente correta mais de 800 mil toneladas de embalagens vazias e sobras pós-consumo em todo o Brasil.
A operação é baseada no princípio da responsabilidade compartilhada entre os elos da cadeia produtiva — indústria, canais de distribuição, agricultores — com o suporte e fiscalização do poder público.
Presente em todo o país, o Sistema conta com 411 unidades de recebimento, mais de 256 associações de revendas e cooperativas, e ações como os Recebimentos Itinerantes, que ampliam o alcance junto aos pequenos produtores. No total, mais de 2 milhões de propriedades rurais são impactadas.
Com o propósito de construir um destino melhor, o Sistema Campo Limpo mobiliza o setor agro para ações sustentáveis, eficientes e de impacto social e ambiental compartilhado.
Mais informações sobre o Sistema Campo Limpo estão disponíveis no site no Facebook, Youtube, Instagram e TikTok.



