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Ex-esposa de PM denunciou suposto esquema de R$ 40 milhões em contrabando


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  • mell280

03/12/2025 14h27

Ex-esposa de PM denunciou suposto esquema de R$ 40 milhões em contrabando

Por Ana Paula Chuva, Aline Santos e Dayene Paz


 O suposto esquema de lavagem de dinheiro e contrabando que movimentou R$ 40 milhões, alvo da operação Uroxis nesta quarta-feira (3) foi denunciado pela ex-esposa de um dos envolvidos e é investigado há dois anos, segundo a PF (Polícia Federal), que cumpriu 14 mandados de busca e interditou treze lojas de celulares e um depósito de mercadorias em Campo Grande.

 
 
Conforme o delegado, Anézio Rosa de Andrade, titular da Delefaz (Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários), a mulher procurou a polícia ao descobrir que o marido, um policial militar, estava abrindo empresas no nome dela e não recolhia os impostos.
 
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“O passivo tributário descoberto pela ex-esposa decorreu da emissão de notas fiscais sem recolhimento de tributos. É uma investigação que já tem algum tempo, com deferimento, pelo Poder Judiciário, da quebra de sigilo bancário, fiscal e telemático”, disse o delegado.
 
A corporação, então, passou a investigar o empresário, e a apuração apontou um esquema de lavagem de dinheiro e contrabando. Com isso, foram expedidos os mandados de busca e apreensão que foram cumpridos nesta quarta-feira em 14 endereços na Capital sul-mato-grossense.
 
Ainda segundo o delegado, o grupo também atuava no ambiente virtual com a venda dos produtos que seriam de descaminho. Uma das empresas-alvo tem duas filiais em São Paulo, uma na capital paulista e outra em Cajamar, de acordo com os dados da Receita Federal. Ninguém foi preso.
 
Ex-esposa de PM denunciou suposto esquema de R$ 40 milhões em contrabando
Delegado Anézio durante conversa com a imprensa (Foto: Marcos Maluf)
O responsável pela investigação pontuou que o contrabando e o descaminho são o começo de outros crimes praticados pela organização criminosa.
 
“A partir do momento em que auferem lucro, dinheiro, eles precisam ocultar essa origem ilícita e vão praticar outro crime, que é a lavagem de capitais. Quando fazem esse pagamento utilizando o método dólar-cabo, praticam crime contra o sistema financeiro. Os crimes vão se sobrepondo, então um crime que inicialmente tem pena não tão alta vai se somando a outros delitos”, finalizou.
 
 
Todas as lojas foram interditadas pela PF, bem como um depósito de mercadorias localizado na Rua Azulão, na Vila Nha Nhá. Entre os comércios fechados estão Distech Comércio Atacadista de Componentes Eletrônicos, a Gordinho Celulares, Techton Assistência e Acessórios.
 
A polícia também esteve na empresa Pedrão Celulares, localizada na Avenida Guaicurus. Apesar de estar com placa de aberto, o local não tinha funcionários. "A polícia veio aqui, conversou com o dono e foi embora", disse uma vizinha do comércio, que pediu para ter o nome preservado.
 
Investigado
 
Wellington da Silva Cruz admitiu ser dono de empresas investigadas, mas afirmou ao Campo Grande News  que está afastado da função de policial militar após ter sofrido tentativa de homicídio, cuja autora foi a ex-esposa e denunciante do suposto esquema. Segundo ele, a denúncia da ex-companheira, de que abria empresa no nome dela, é mentirosa. “Todo mundo sabe que é impossível operar empresa sem autorização da pessoa".
 
Sobre a operação, ele classifica a ação da Polícia Federal como abusiva. “Danificou o portão da minha casa, do meu depósito. Não foi apreendido nada que não tenha comprovação fiscal. Espero que essa investigação termine o mais rápido possível. Estou no prejuízo, com as minhas contas bloqueadas. Não existe nada ilegal, não existe contrabando”.
 
Wellington confirma ser proprietário de empresa na Avenida Afonso Pena, com duas filiais: um depósito na Vila Nha Nhá e a outra em Cajamar, São Paulo, aberta para permitir vendas por marketplace (ambiente virtual de comércio).
 
Campo Grande News
 




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