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COP30: meta de sustentabilidade brasileira passa pela pecuária


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15/11/2025 07h29

COP30: meta de sustentabilidade brasileira passa pela pecuária

MARCIO JAVARONI


 Setor, que tem papel decisivo na redução das emissões de gases de efeito estufa, aposta em medidas como o uso de aditivos naturais para diminuir liberações e tempo de abate

Entre as discussões cruciais da COP30 | Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, que acontece em Belém (PA), até 21 de novembro, está a necessidade de que o mundo se comprometa com NDCs (sigla em inglês para as Contribuições Nacionalmente Determinadas, que são as metas de cada país para reduzir emissões de gases de efeito estufa e se adaptar às mudanças climáticas) mais ambiciosas até 2030.

A atual NDC do Brasil inclui a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) em 53% até 2030 e zerar as emissões líquidas até 2050, para atingir a neutralidade climática.

Segundo dados recentes do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG) do Observatório do Clima, divulgados em 3/11, as emissões totais de gases de efeito estufa do Brasil, em 2024, caíram 16,7% em relação ao ano anterior.

Levando-se em consideração as emissões brutas por setor, a agropecuária foi responsável por 20% desse total de 2,145 bilhões de toneladas de gás carbônico equivalente. Ainda que tenha sido registrada queda de 0,7% nas emissões em relação à 2023, ainda há espaço para evolução.

Para tal, pesquisadores apontam um conjunto integrado de medidas que permitam aumentar a eficiência dos sistemas produtivos, reduzir perdas e otimizar o uso dos recursos naturais em busca de uma pecuária mais sustentável.

Considerando que cerca de 65% da emissão total de gases de efeito estufa do agro brasileiro vêm da fermentação entérica, ou seja, da liberação de metano pelo popular ‘arroto’ do boi, este é um ponto fundamental de atuação.

“Reduzir a emissão de GEE e diminuir o tempo até o abate são duas estratégias centrais para tornar a pecuária mais sustentável”, garante o professor do Departamento de Zootecnia da Unesp | Universidade Estadual Paulista - Campus Jaboticabal, Alex Sandro Campos Maia.

Entre as táticas apontadas por ele para a redução das emissões estão: o uso de aditivos alimentares, que reduzem a produção de metano sem comprometer o desempenho animal; a melhoria na qualidade da dieta; e o uso de forrageiras e leguminosas, para promover maior ganho de peso e reduzir o uso de fertilizantes sintéticos.

O uso de suplementos, sobretudo, pode reduzir consideravelmente a emissão de metano entérico. “Então, o que a gente precisa é avançar no uso desse tipo de aditivos”, afirma o zootecnista Rodrigo Gomes, pesquisador na área de nutrição e alimentação animal da Embrapa Gado de Corte.

Ele ressalta a importância de estudos sobre aditivos que além de reduzir a produção de metano, também entreguem melhor desempenho. “E assim o produtor consiga ter maior eficiência produtiva e maior rentabilidade também”, completa Gomes.

A Premix, empresa fundada há 47 anos, possui um moderno Centro de Pesquisas em Patrocínio Paulista, a 100 km de Ribeirão Preto, onde investe em inovação e no desenvolvimento de produtos de alta qualidade para bovinos de corte e leite, equinos, ovinos e caprinos, com foco na sustentabilidade da cadeia produtiva pecuária.

“Acreditamos que o conhecimento compartilhado com os produtores e consultores técnicos de campo é a melhor forma de promovermos maior produtividade, lucratividade e sustentabilidade na pecuária”, afirma Lauriston Bertelli Fernandes, diretor de pesquisa, desenvolvimento e inovação da Premix.

Entre as soluções desenvolvidas pela empresa, que também possui unidades industriais em Anápolis (GO), Araguaína (TO), Cuiabá (MT), Presidente Prudente (SP) e Patrocínio Paulista (SP), se destaca o Fator P, aditivo natural que reduz a fermentação entérica de bovinos e, consequentemente, das emissões de metano, sem comprometer o desempenho produtivo.

Aliado a outros produtos, o Fator P acrescenta a possibilidade de melhoria na eficiência produtiva. “Conforme estudos de desempenho, realizados em parceria com o Grupo de Inovação em Conforto Térmico e Bem-Estar Animal da Unesp, de Jaboticabal, houve um ganho de peso médio diário de até 20% superior nos animais que receberam o aditivo ao daqueles que recebem apenas suplemento controle”, revela Lauriston.

“Esse aumento de performance permite reduzir o tempo de abate dos animais e, com isso, também a emissão de gases”. Ou seja, ingredientes perfeitos da receita que a pecuária nacional busca para levar à mesa dos brasileiros um bife mais sustentável.

Lauriston Bertelli Fernandes, diretor de pesquisa, desenvolvimento e inovação da Premix

  • Lauriston Bertelli Fernandes, diretor de pesquisa, desenvolvimento e inovação da Premix




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