PUBLICIDADE
- mell280
13/11/2025 12h42
Apesar de obra e limpeza, Lago do Amor volta a inundar avenida
Sequência de problemas se estende desde 2023, quando fortes chuvas causaram o desabamento da ciclovia
Por Dayene Paz
Nem a segunda obra de reparo nem a limpeza recente feita pela Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) impediram que o Lago do Amor, em Campo Grande, voltasse a transbordar. Durante o temporal desta quarta-feira (12), a água invadiu novamente a Avenida Senador Filinto Müller, impossibilitando a passagem de veículos. Hoje, o trecho já voltou à normalidade.
De novo, passarela do Lago do Amor não resiste à força da água e desaba
Passarela do Lago do Amor não resiste às chuvas e desaba
Vídeo encaminhado pelo leitor Thiago Dionízio ao canal Direto das Ruas mostra o lago praticamente tomando o asfalto. "Os carros não estavam passando, só arrisquei porque estava de caminhonete", disse.
Apesar do temporal, não houve estragos, de acordo com a Sisep. A pasta ainda salientou que o "transbordamento ocorreu em função do grande volume de água da chuva".
A sequência de problemas na região se estende desde janeiro de 2023, quando fortes chuvas causaram o desabamento da ciclovia, da passarela e do muro de contenção às margens do lago - um dos cartões-postais da Capital e rota importante de acesso à região Sul.
As obras de reparo deveriam ter sido concluídas até julho de 2023, mas atrasos empurraram o prazo para setembro. Reaberta ao tráfego e ao lazer, a avenida resistiu pouco tempo: em 29 de outubro, apenas 31 dias após a reinauguração, parte da calçada voltou a ceder. A prefeitura fez novos consertos e entregou a recuperação em 9 de dezembro de 2023.
Mesmo assim, em 28 de março deste ano, menos de um ano e meio depois da primeira obra, a calçada e parte da pista cederam novamente.
No início de outubro de 2025, a Sisep havia anunciado uma limpeza no canal do vertedouro do Lago do Amor, como medida preventiva para evitar entupimentos durante o período chuvoso. A pasta explicou que a intervenção visava garantir o fluxo das águas, mas admitiu que o problema só será definitivamente resolvido com uma obra de desassoreamento e contenção dos afluentes - investimento que ainda não está previsto no orçamento municipal.
O Lago do Amor enfrenta há anos o acúmulo de sedimentos e o assoreamento causados pela chegada de águas dos córregos Bálsamo e Bandeira, que costumam sobrecarregar o sistema em dias de chuva forte.


