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Brasil perde mais de 2,5 bi de dólares nas áreas agrícolas ocupadas com pastagens degradadas


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  • mell280

17/10/2025 18h22

Brasil perde mais de 2,5 bi de dólares nas áreas agrícolas ocupadas com pastagens degradadas

assessoria


Para continuar com o título de celeiro do mundo, País precisa investir em tecnologia e sustentabilidade para aumentar a produtividade em áreas atuais. Capim Tifton 85 se apresenta com uma solução

Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o Brasil perde, por ano, somente por erosão hídrica cerca de 2,5 bilhões de dólares nas áreas agrícolas do país, sobretudo em áreas ocupadas com pastagens degradadas.  No total são 27,7 milhões de hectares de pastagens com potencial para conversão, desse total, 25,1 Mha apresentam potencial para a intensificação da pecuária de corte e 16,9 Mha para a pecuária de leite e para outras áreas de plantios diversos. Resultado de tecnologia desenvolvida em Goiás, apresenta produtividade de até 10x acima da média.

Conhecido como celeiro do mundo, o Brasil se destaca na produção e exportação de alimentos, porém precisa vencer os desafios ambientais e tecnológicos para manter posição ao longo do tempo e conseguir atender a crescente demanda por alimentos, tanto interna quanto externamente. Com pouco mais de 200 milhões de habitantes, o país hoje produz alimentos suficientes para necessidades de cerca de 900 milhões de pessoas, equivalente a 11% da população global. Diante do aumento da população mundial, será preciso ampliar em 70% a produção atual de alimentos para atender a demanda global em 2050, conforme dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). 

Para vencer este desafio, será necessário o investimento em tecnologias para melhorar a produtividade das terras brasileiras, destaca o zootecnista, especializado em produção de ruminantes e pastagens, Oswaldo Stival Neto. Ele desenvolveu uma inovação para promover o aumento da produtividade com sustentabilidade na pecuária brasileira, por meio do plantio do capim Tifton 85, resultado do cruzamento de uma gramínea de clima temperado dos EUA com uma de clima tropical da África. 

Segundo ele, a produção sustentável é a chave para o aumento da produtividade e para garantir a segurança alimentar do mundo nos próximos anos. “Um dos maiores desafios para se aumentar a produtividade é a falta de disponibilidade de áreas para expansão de culturas ou de criação de animais. O produtor agora precisa buscar estratégias que garantam não somente uma produção mais eficiente, mas também mais sustentável. Um caminho muito importante e essencial é cuidar do solo e promover o resgate de áreas degradadas”, enfatiza o especialista. 

Na Amazon Mudas, Oswaldo e sua equipe desenvolveram uma tecnologia para cultivar as mudas matrizes, promover seu melhoramento genético e depois transportar para os pastos e realizar seu plantio de forma similar ao de tomate ou batata, usando plantadeiras.  A iniciativa da empresa resolveu o gargalo da forma de plantio, pois como o capim é um híbrido, suas sementes não germinam. 

Vantagens na prática

Com o uso da pastagem de forma correta, segundo Neto, é possível aumentar a produtividade na criação de gado em até 10X e ainda proteger o solo da erosão, contribuindo para a sustentabilidade tanto econômica quanto ambiental. “Usando tecnologias corretas, o País conseguiria atender a demanda global de um aumento de 50% na produção de proteína animal utilizando apenas 20% de sua área de pastagem atual", calcula o especialista. 

Entre as vantagens da pastagem, Oswaldo Stival Neto destaca que ela oferece cerca do dobro do valor nutritivo que o capim braquiária, que é mais comum nas fazendas brasileiras. Ela também tem maior quantidade de matéria seca (alimento) por hectare e mantém cobertura densa que protege o solo contra a erosão, diferente das touceiras de outras pastagens. Com isso, resume o pecuarista, é possível saltar da média de uma para sete cabeças por hectares e uma produção média de 40 arrobas por hectare sem o uso de ração.

“Isso ajuda a reter água e matéria orgânica, além de evitar que o adubo e o esterco dos animais sejam levados pela chuva para os rios", explicou o pecuarista. Além disso, devido à sua cobertura vegetal, ele é capaz de sequestrar cinco vezes mais carbono do que as pastagens tropicais tradicionais. 

 

Oswaldo Stival Neto apresenta muda do capim Tifton 85
Oswaldo Stival Neto apresenta muda do capim Tifton 85
Nelson Pacheco 

 
Oswaldo Stival Neto apresenta mudas do capim Tifton 85
Oswaldo Stival Neto apresenta mudas do capim Tifton 85
Divulgação

 
Mudas do capim Tifton 85
Mudas do capim Tifton 85
Nelson Pacheco 

 
Mudas do capim Tifton 85
Mudas do capim Tifton 85
Nelson Pacheco 
 




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  • Nelson Dias12
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