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FDI divulga documentos que comprovam planejamento detalhado do Ataque de 7 de Outubro


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  • mell280

17/10/2025 07h23

FDI divulga documentos que comprovam planejamento detalhado do Ataque de 7 de Outubro

assessoria


 FDI divulga documentos que comprovam planejamento detalhado do Ataque de 7 de Outubro

Carta manuscrita de Yahya Sinwar, encontrada em bunker de Gaza, traz instruções precisas para massacres contra civis, desmentindo argumentos do Hamas sobre objetivos militares do ataque

As Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram oficialmente nesta quinta-feira (16/10) a existência de provas documentais que demonstram o planejamento premeditado e detalhado do ataque terrorista de 7 de outubro de 2023 contra Israel. O material, que inclui uma carta manuscrita de seis páginas do então líder do Hamas Yahya Sinwar, foi descoberto em um bunker subterrâneo em Gaza e reduz a argumentação do grupo terrorista sobre a natureza da operação que resultou em 1200 mortes de israelenses e estrangeiros que estavam no país e sequestro de outras 251 pessoas, além de deixar 5 mil feridos - o maior massacre de judeus perpetrado em um único dia desde o Holocausto.
 

O documento, redigido em árabe em agosto de 2022 — mais de um ano antes da execução do ataque — traz instruções específicas e detalhadas para o massacre de civis em suas residências, incêndios generalizados em comunidades inteiras e filmagem dos atos violentos para fins de propaganda psicológica. As descobertas desmontam declarações anteriores de lideranças políticas do Hamas que tentavam caracterizar a operação como um confronto dirigido exclusivamente contra militares israelenses.
 

"Estes documentos provam, sem qualquer margem para dúvida, que o Hamas planejou com antecedência um ataque brutal contra civis. Não há espaço para interpretações diferentes", afirmou o major Rafael Rozenszajn, porta-voz das FDI para países de língua portuguesa.
 

Instruções para Massacres e Incêndios Generalizados
 

De acordo com análises da inteligência israelense, a carta de Sinwar continha orientações explícitas para que os terroristas utilizassem combustível de caminhões-tanque — gasolina ou diesel — para atear fogo em residências. O documento menciona ainda a necessidade de executar "duas ou três operações" para incendiar completamente bairros inteiros, kibbutzim e outras localidades, além de detalhar formas brutais de assassinato a tiros e degola de quaisquer indivíduos, incluindo mulheres, idosos e crianças.

As comunicações interceptadas pela Unidade 8200 do exército israelense durante o próprio 7 de outubro reforçam as evidências do planejamento meticuloso. Registros mostram comandantes do Hamas no terreno ordenando especificamente que os terroristas incendiassem "tudo" e colocassem fogo em "todo o kibbutz". Em outra série de transmissões, líderes terroristas instruíram subordinados a "massacrarem" soldados de perto e a filmarem as ações para "mostrar ao mundo muçulmano".
 

Novo Vídeo do Bunker de Sinwar Revela Cena de Eliminação
 

Simultaneamente à confirmação dos documentos, as FDI liberaram ainda novas imagens do local onde Yahya Sinwar foi eliminado, em Rafah, há mais de um ano. O vídeo mostra em detalhes o bunker completamente destruído, incluindo o infame sofá laranja onde o terrorista foi capturado em imagens anteriores enquanto ainda vivia.
 

As imagens capturam o momento em que câmeras operadas pelas FDI penetram a edificação através de um portão metálico, revelando danos estruturais severos causados por um golpe de tanque israelense minutos antes da eliminação. Na escadaria fragmentada, um buraco de grandes proporções é visível. No segundo andar, entre os escombros, o corpo de Yahya Sinwar repousa cercado por centenas de notas de 200 shekels (em torno de R$ 330) espalhadas pelo chão.
 

A eliminação ocorreu durante operação de varredura conduzida por uma unidade de brigada de infantaria que se deparou com três terroristas armados na região. No confronto que se seguiu, os três foram mortos. Posteriormente, um deles foi identificado como Yahya Sinwar através de teste de DNA, encerrando uma busca que havia durado mais de um ano.
 

Trajetória de um Arquiteto do Terror
 

Yahya Sinwar, nascido em 1962, cresceu em Khan Younis, na Faixa de Gaza. Foi um dos fundadores da ala militar do Hamas, as Brigadas Izz al-Din al-Qassam, e era considerado uma das figuras mais perigosas da organização. Em 1988, foi preso por Israel e condenado a cinco penas de prisão perpétua por assassinar palestinos que suspeitava colaborarem com as autoridades israelenses.
 

Libertado em 2011 como parte do acordo de troca do soldado insralense Gilad Shalit, sequestrado e mantido em cativeiro pelos terroristas por cinco anos, Sinwar ascendeu rapidamente na hierarquia do Hamas. Em fevereiro de 2017, foi eleito líder da organização em Gaza e posteriormente foi nomeado chefe do bureau político do Hamas, posição na qual consolidou ainda mais o radicalismo organizacional e preparou o ataque de outubro de 2023.
 

"Sinwar foi o principal arquiteto do massacre de 7 de outubro. Seus documentos e comunicações interceptadas confirmam uma estratégia deliberada de terror contra civis. A forma cruel como os terroristas que invadiram Israel agiram não foi um desdobramento das circunstâncias que teria fugido ao controle de suas lideranças — foi planejamento premeditado de uma operação dedicada ao máximo grau de terror," conclui Rozenszajn.
 

As revelações chegaram a ser veiculadas em uma publicação do jornal americano The New York Times realizada em 11 de outubro de 2025, mas ainda eram tratadas como vazamento de informações mantidas em sigilo. A confirmação oficial das FDI, porém,agora  representa um passo significativo na documentação dos crimes de guerra perpetrados pelo Hamas.


 Trechos da carta | Tradução para o português:

"A fase preliminar à incursão — é imprescindível que as forças realizem movimentos intensivos semanas antes de qualquer ação do lado vermelho, que o inimigo considera rotineira; isso servirá como história de cobertura para o grande deslocamento."
 

"Deve-se cuidar para que saiam imagens que provoquem um surto de embriaguez de sentidos, loucura e eclosão entre o nosso povo, especialmente na Cisjordânia, nas 'áreas internas', em Jerusalém e em toda a nossa nação. Isso para estimular a adesão aos apelos que os convocarão a sair e se revoltar. Paralelamente, devem causar um surto de sensações de terror e medo entre o inimigo. Deve‑se enfatizar aos comandantes das unidades que provoquem essas coisas deliberadamente, filmem‑nas e transmitam as imagens o mais rápido possível: pisar as cabeças de soldados, disparo à queima‑roupa, esfaqueamento de alguns com faca, explosão de tanques, soldados ajoelhados com as mãos sobre a cabeça, e assim por diante."
 

"É preciso planejar de antemão eventos dos quais saiam imagens aterrorizantes — algumas viaturas‑bomba ardendo que explodam em um posto ou edifício e provoquem destruição aterradora, cenas dilacerantes, chamas terríveis. Cinco ou dez imagens assim lhes semearão pavor mortal. Allah os atingiu de onde não esperavam e lançou terror em seus corações. Deve‑se organizar duas ou três ações cujo objetivo seja a queima de um bairro inteiro ou de um kibutz, etc. — derramar combustível ou gasóleo de um tanque especial, incendiar o local e transmitir as imagens."

 

 




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