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Boato pode ter levado a assassinato de jovem no Pedrossian


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09/10/2025 09h43

Boato pode ter levado a assassinato de jovem no Pedrossian

Testemunha contou à polícia história mal contada pode ter gerado vingança

Por Gabi Cenciarelli


 A investigação sobre a morte de Luan Felipe Pereira Santana, de 24 anos, executado a tiros na Praça dos Amigos, no bairro Maria Aparecida Pedrossian, em Campo Grande, indica que o crime pode ter sido motivado por um mal-entendido.

 
 
Em depoimento à Polícia Civil, uma amiga de Luan contou que o rapaz foi acusado injustamente de ter deixado outro jovem em coma após uma briga, mas que isso nunca aconteceu. Segundo ela, o suposto ferido, identificado como Augusto, caiu de moto horas depois, sem qualquer relação com agressão.
 
 
Seis homens são presos por emboscada e execução de jovem
De acordo com o relato da testemunha, dias antes da execução, ela e Luan estavam em uma praça do bairro quando foram abordados pela ex-namorada dele e por Augusto, que estava embriagado. Durante a conversa, Augusto começou a debochar e tentar agredir Luan, além de empurrá-la durante a discussão. Luan reagiu para defendê-la, e a briga terminou quando Augusto encontrou a chave da moto, que estava no próprio bolso, e foi embora pilotando normalmente.
 
No dia seguinte, a amiga contou que soube, pelas redes sociais, que Augusto havia sofrido um acidente de moto e estava internado. A partir daí, começou a circular o boato de que ele teria sido espancado por Luan, o que, segundo a testemunha, não era verdade.
 
 
Horas depois, Luan recebeu uma ligação de um homem identificado como Vinícius, que dizia querer esclarecer o que havia acontecido e marcou um encontro na mesma praça.
 
Boato pode ter levado a assassinato de jovem no Pedrossian
Luan Felipe Pereira Santana, executado em praça (Foto: Divulgação)
A amiga relatou que acompanhou Luan até o local e viu quando ele conversou com alguém dentro de um carro cinza estacionado próximo. "A pessoa abaixou o vidro, eles falaram por cerca de 30 segundos e eu ouvi três disparos. O carro saiu e Luan caiu no chão", contou. Antes de morrer, ele ainda teria dito: "Eu morri. Tchau. Te amo."
 
Poucas horas depois, seis homens foram presos em flagrante: Rafael de Luca Mareco Cardoso, Vinícius Cesar de Souza Moreira, Eduardo Kin Miranda de Oliveira, Matteo Dalmatí da Rosa, Geovany dos Santos e Marcos Vinícius Lima Recalde.
 
 
Segundo o inquérito, Rafael articulou o encontro e Vinícius foi quem atirou três vezes de dentro de um Volkswagen Taos cinza, usado na fuga. A arma do crime, um revólver calibre 32, foi apreendida na casa de Matteo, que confessou tê-la comprado por R$ 3,5 mil.
 
O grupo foi preso pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar e levado à Depac Cepol (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia). O caso foi registrado como homicídio qualificado por emboscada e dissimulação e segue sob apuração da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
 
 
Execução mobilizou equipes da Polícia Militar e da perícia (Foto: Juliano Almeida)
 




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