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Mesmo com dólar alto, é possível economizar na viagem internacional


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  • mell280

09/09/2025 16h21

Mesmo com dólar alto, é possível economizar na viagem internacional

Camila Borges


Planejamento financeiro, contas em moeda estrangeira e estratégias de acúmulo de milhas estão entre as alternativas que ajudam a reduzir os custos

 

Viajar para o exterior é o sonho de muitos brasileiros e, nos últimos anos, esse desejo tem se concretizado para um número crescente de pessoas. Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) revelam que quase 25 milhões de passageiros foram transportados em voos internacionais ao longo do ano passado, número que representa o maior volume da série histórica iniciada em 2000.

Mas, com o dólar alto, transformar esse sonho em realidade pode ser um desafio. Além dos Estados Unidos, o dólar é a moeda oficial em países como El Salvador, Equador e Porto Rico, também aceita em diferentes destinos turísticos, como o Panamá.

A moeda norte-americana iniciou o mês de agosto sendo negociada a R$ 5,54 conforme o Banco Central. Mas, no final de 2024, o valor chegou a ultrapassar os R$ 6. O cenário econômico exige mais atenção aos gastos para que a viagem não se torne sinônimo de dívidas, e reforça a necessidade de se preparar para lidar com a oscilação cambial e os custos que ela pode gerar em diferentes partes do mundo.

Orientações

Segundo a Serasa, o segredo está em maximizar os recursos disponíveis, sem abrir mão do conforto, por meio de escolhas conscientes e de um planejamento detalhado. Ajustar os gastos ao orçamento, definir prioridades e manter o controle diário das despesas são algumas das estratégias que podem ser adotadas para reduzir os gastos.

Ficar atento às tarifas de saques internacionais e taxas de câmbio também é uma recomendação. O ideal, segundo a Serasa, é observar as opções disponíveis no mercado antes de escolher cartão de crédito para, assim, comparar vantagens e taxas cobradas.

Por outro lado, a Bolsa de Valores (B3) alerta que o uso do cartão de crédito tradicional pode gerar um custo elevado com o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Para quem deseja reduzir esse impacto, o cartão de débito internacional aparece como alternativa, além da possibilidade de pagar à vista e evitar juros.

Também é possível recorrer a uma conta global, solução que vem ganhando adeptos no Brasil. Segundo pesquisa do Ipec, em parceria com o C6 Bank, 12% dos brasileiros das classes A e B com acesso à internet já possuem uma conta em moeda estrangeira. Entre eles, 40% abriram o serviço com o objetivo de usar durante viagens ao exterior. 

Além da conta em dólar, uma dica da B3 é comprar moeda estrangeira aos poucos, acompanhando as flutuações do câmbio, e evitar a aquisição em locais turísticos, como aeroportos, onde as taxas tendem a ser menos vantajosas. Se a viagem está próxima, ainda assim é possível economizar comparando diferentes canais de câmbio, físicos e digitais.

Uso de milhas pode ajudar a economizar

As milhas e os pontos de fidelidade também podem fazer parte do planejamento de quem busca economizar nas viagens. De acordo com informações compartilhadas por especialistas da B3, é possível obter descontos de até 90% na emissão de passagens ao usar estratégias para acumular e multiplicar os pontos.

Além disso, as milhas acumuladas podem ser usadas para obter descontos em hospedagens e aluguel de carros, conseguir um upgrade na cabine e isenção de taxas extras sobre bagagens.

O acúmulo de pontos não depende apenas do cartão de crédito. Programas de fidelidade permitem pontuar em compras do dia a dia, incluindo supermercado, farmácia, pedidos de refeição, itens para pets e aplicativos de transporte. No entanto, é preciso estar atento aos prazos de validade das milhas e transferir os pontos para o programa da companhia aérea antes do vencimento.

Também é importante ter cautela ao comprar em lojas parceiras de programas de fidelidade. Segundo a B3, não compensa pagar mais caro por um produto apenas para acumular pontos.

Roteiro e alimentação exigem cuidados

Além das formas de pagamento e acúmulo de milhas, outras escolhas impactam diretamente o orçamento. Segundo a Serasa, planejar um roteiro com antecedência, pesquisar os custos dos passeios e comprar ingressos antecipadamente ajudam a evitar gastos por impulso.

A alimentação também pode pesar no bolso: cozinhar no local de hospedagem, levar lanches, procurar restaurantes frequentados por moradores e evitar consumir alimentos em aeroportos são formas de economizar.

Para aqueles que só conseguem viajar em alta temporada, como os pais que dependem das férias escolares dos filhos, a orientação é começar a organizar a viagem com o máximo de antecedência possível. Um orçamento realista, com limites para cada categoria de despesa, é a melhor forma de evitar imprevistos. Nele, devem ser incluídos gastos como translado, chip de internet, seguro viagem, passeios e, quando necessárias, vacinas.

 


Foto: Freepik

 


 





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