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Estilista sul-mato-grossense vence concurso nacional de moda inclusiva


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19/08/2025 07h51

Estilista sul-mato-grossense vence concurso nacional de moda inclusiva

Luane Sales de Oliveira Alves conquista o segundo lugar no Concurso Moda Inclusiva, realizado na Pinacoteca de São Paulo, com criação que une estética, funcionalidade e acessibilidade

Sarah Santos


 A estilista Luane Sales de Oliveira Alves, de Campo Grande, foi premiada em segundo lugar no Concurso Moda Inclusiva – Edição 2024/2025, cujo objetivo é estimular a criação de roupas adaptadas para pessoas com deficiência, promovendo uma moda mais acessível, funcional e inclusiva. O anúncio dos vencedores aconteceu na noite da última segunda-feira (11), durante um desfile na Pinacoteca de São Paulo, que reuniu autoridades, especialistas em moda e representantes de instituições parceiras.

O look vencedor de Luane, intitulado “Cotidiano – O Silêncio das Coisas Anônimas”, é um conjunto feminino inspirado na poesia de Manoel de Barros. A peça combina bordados artesanais, elementos em braile, botões imantados, zíperes com argola e ajustes que facilitam o vestir, além de permitir diferentes formas de uso. O design reflete a preocupação da estilista em criar roupas que sejam acessíveis e adaptáveis, sem perder a sofisticação e o valor artístico.

“Um concurso como esse representa consolidação, não só da minha carreira, mas também da minha vida. Há um mês, me descobri uma mulher autista, aos 32 anos, e eu já trabalhava com moda inclusiva. Essa notícia do laudo chegou para mim justamente num momento em que percebi que estava no caminho certo e que tudo fazia sentido. Ao descobrir a moda com propósito, encontrei também o meu propósito de vida, e o prêmio é a consolidação disso”, afirmou Luane Sales.

O concurso premiou também o primeiro lugar, conquistado por Guilherme Rodrigues Pereira, de São Paulo, com o conjunto “Movimento Livre”, moletom adaptado para cadeirantes, confeccionado com tecidos reaproveitados e pensado para oferecer conforto, autonomia e sustentabilidade. O terceiro lugar foi para Gustavo Marques Gonçalves, de Osasco, com alfaiataria adaptada que contempla usuários de próteses ou pessoas com membros amputados.

Os vencedores receberam prêmios em dinheiro, kits de equipamentos de costura e capacitação em moda inclusiva, além da oportunidade de participar do Brasil Eco Fashion Week, um dos principais eventos do setor no país.

“O concurso mostra o quanto a moda pode ser uma ferramenta poderosa de inclusão e autonomia. É uma forma de estimular talentos e chamar atenção da indústria e da sociedade para as necessidades das pessoas com deficiência”, destacou Marcos da Costa, secretário de Estado da SEDPcD.

A edição deste ano contou com grande adesão de estudantes, estilistas e profissionais de diversas regiões do Brasil. Os critérios de seleção incluíram inovação, criatividade, adequação ao tipo de deficiência e capacidade de produção em larga escala. Ao todo, 20 finalistas foram escolhidos para apresentar suas criações no desfile na Pinacoteca.

O concurso foi realizado com o apoio da Universidade de São Paulo (USP), por meio da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), e de instituições e marcas comprometidas com inovação, sustentabilidade e diversidade, como SEBRAE, SENAI, Instituto Brasil Eco Fashion, Centro Paula Souza, Elgin, Aegis e diversas empresas do setor de costura e moda.

Com a premiação, Luane Sales se consolida como uma das vozes mais promissoras da moda inclusiva no país, demonstrando que criações com propósito social podem unir estética, acessibilidade e inovação, e servindo de inspiração para designers e estilistas que buscam transformar o mercado fashion em um espaço mais plural e acolhedor.





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