- mell280
18/08/2025 09h10
Como manter uma alimentação equilibrada na rotina agitada
Pequenas mudanças na alimentação podem evitar carências nutricionais mesmo com a rotina corrida
Conciliar trabalho, vida pessoal e autocuidado pode ser um desafio, e a alimentação muitas vezes é a primeira a sofrer quando a agenda aperta. Refeições apressadas, longos períodos em jejum ou escolhas pouco nutritivas se tornam comuns e, com o tempo, podem comprometer o bem-estar.
Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, uma alimentação saudável ajuda a proteger contra a má nutrição em todas as suas formas, bem como contra as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), entre elas diabetes, doenças cardiovasculares, AVC e câncer. Sendo assim, mesmo em meio a correria, planejamento prévio e estratégias inteligentes permitem manter a saúde nutricional em dia.
Como a rotina intensa afeta a alimentação
De acordo com o portal Vida Saudável, do Hospital Israelita Albert Einstein, a falta de planejamento alimentar é um dos fatores que mais prejudicam a saúde em longo prazo, levando a déficits nutricionais e queda da imunidade. Entre os motivos, estão o excesso de alimentos ultraprocessados, a baixa ingestão de frutas, verduras e legumes e a irregularidade nos horários das refeições.
Este padrão, quando mantido por muito tempo, cria um efeito acumulativo. O organismo começa a funcionar em déficit, surgem os primeiros sinais de carência e, se não houver ajuste, a reposição de nutrientes pode exigir mais do que mudanças no cardápio, abrindo espaço para a necessidade de suplementação.
Sinais de que algo pode estar faltando
O corpo costuma enviar alertas quando há falta de nutrientes. Entre os sinais mais comuns, estão cansaço excessivo, baixa imunidade, queda de cabelo, dificuldade de concentração, unhas fracas e alterações de humor.
Assim, ao notar estes sintomas, o ideal é procurar avaliação médica e, se indicado, realizar exames para confirmar possíveis deficiências.
Nutrientes que mais faltam
Em dietas pouco variadas ou mal planejadas, alguns nutrientes tendem a faltar com mais frequência, como:
-
Vitamina D: essencial para a saúde óssea e a imunidade, sua deficiência é comum em quem se expõe pouco ao sol.
-
Ferro: importante para o transporte de oxigênio no sangue, sua falta pode causar anemia e fadiga.
-
Fibras: indispensáveis para o funcionamento intestinal e o controle do colesterol, costumam estar ausentes em dietas pobres em vegetais e cereais integrais.
-
Ômega 3: atua na saúde cardiovascular, no funcionamento cerebral e na regulação de processos inflamatórios. Quando o consumo de peixes e sementes é baixo, vale entender para que serve o ômega 3 e considerar uma suplementação orientada.
Correção alimentar x suplementação
Antes de recorrer a suplementos, é importante entender que eles não substituem uma alimentação equilibrada. A correção alimentar deve ser o primeiro passo, pois os nutrientes obtidos por meio dos alimentos costumam ser melhor absorvidos e vêm acompanhados de outros benefícios, como fibras e antioxidantes. Muitas deficiências leves podem ser corrigidas com ajustes simples, como incluir mais frutas cítricas para vitamina C ou peixes e sementes para reforçar o consumo de ômega 3.
Já a suplementação pode ser útil quando a carência é significativa ou quando a dieta sozinha não supre as necessidades, mas deve ser feita com orientação profissional. O uso indiscriminado pode causar excessos prejudiciais, por isso exames e acompanhamento especializado são importantes para garantir segurança e eficácia.
Estratégias práticas para uma rotina saudável
Para manter a nutrição em dia mesmo com pouco tempo, algumas práticas simples, que não exigem grandes sacrifícios e que podem ser adaptadas ao estilo de vida de cada pessoa, ajudam a fazer a diferença, como:
-
Planejar refeições da semana, para evitar decisões de última hora.
-
Deixar lanches saudáveis prontos, como frutas picadas ou mix de oleaginosas.
-
Usar marmitas congeladas, para garantir refeições equilibradas nos dias mais corridos.