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11/08/2025 16h23
No Japão, Riedel pede entrada imediata da carne de MS após novo status sanitário
Após reuniões em Tóquio, governador participa da Expo 2025 e se reúne com Sumitomo e Mitsui em Osaka
Por Fernanda Palheta
No Japão, segundo país da missão empresarial e governamental de Mato Grosso do Sul na Ásia, o governador Eduardo Riedel (PSDB) trabalha para acelerar a exportação de carne sul-mato-grossense. O objetivo principal é diminuir o tempo de espera entre a certificação de área livre de aftosa sem vacinação e o início da abertura do mercado japonês, período que pode demorar até um ano.
Mato Grosso do Sul foi reconhecido pela OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal) em maio deste ano. Na época, outros 20 estados brasileiros e o Distrito Federal também receberam o status sanitário.
“Nosso foco principal é a abertura do mercado de carne japonês para o Mato Grosso do Sul. O Brasil já conseguiu a abertura a partir de novembro, mas nós queremos especificamente o nosso estado nessa lista a partir do momento em que nós somos livres de febre aftosa sem vacinação”, disse Riedel.
Atualmente, o Estado tem frigoríficos habilitados para vender subproduto cozido ao Japão, mas carne ainda não. As negociações do governo brasileiro estavam ocorrendo por região e ainda não há planos para além dos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.
Após reuniões em Tóquio, Riedel percorreu os pavilhões da exposição, entre eles o do Brasil, onde o governador entregou ofício ao presidente da ABPA e do International Poultry Council, Ricardo Santin, para ampliar os mercados de proteínas animal de Mato Grosso do Sul. "Um passo importante para a presença na nossa proteína animal no mercado global", disse.
Riedel ainda destacou a atuação brasileira na feira. "A dinâmica do pavilhão colocando a todo momento sua produção com sustentabilidade, mostrando com muita competência o que o Brasil é capaz de fazer alimentando e ajudando a alimentar o mundo ao mesmo tempo que preservando", completou.
O governador ainda ressaltou outras oportunidades de negócio além da carne no país. "De energia mais limpa, a exemplo do gás natural também presente no Estado. E nós temos grandes oportunidades de investimento nessa área que empresas japonesas podem apoiar o desenvolvimento dessa matriz energética", afirmou.
No último dia de agenda no Japão, nesta quarta-feira (11), a comitiva tem reuniões importantes com representantes da indústria japonesa, entre eles os grupos Sumitomo e Mitsui, conglomerados importantes da Ásia.
No Brasil, a Sumitomo já investiu em áreas como fertilizantes, maquinário agrícola, logística e participação em empresas do agronegócio, além de parcerias no setor de energia renovável.
Já a Mitsui tem presença consolidada, com participação em áreas como transporte ferroviário (participação na ALL/Rumo), mineração, energia elétrica, gás natural, química, fertilizantes e comércio de grãos. Também já investiu em empresas ligadas à cadeia de proteína animal e agricultura.
Além disso, haverá reunião com o embaixador do Brasil no Japão e com a Jica, a Agência do Governo Japonês responsável pela implementação da Assistência Oficial para o Desenvolvimento.
Ao sair das reuniões, Riedel embarca direto para Singapura, onde se reunirá com o ministro do Comércio, Alvin Tan, e visitará instituições como a RGE, holding que controla a Bracell (empresa com operações no Estado), além da MTAS (Associação dos Importadores de Proteína Animal) e os fundos soberanos Temasek e GIC. Também estão previstas reuniões com representantes da Enterprise Singapore, agência de promoção de exportações do país.