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Economia circular no agronegócio: alimentos revelam o potencial do Brasil em transformar resíduos em valor sustentável


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05/08/2025 10h18

Economia circular no agronegócio: alimentos revelam o potencial do Brasil em transformar resíduos em valor sustentável

Carla Osada


 

Subprodutos da lavoura ganham protagonismo em práticas que evitam o desperdício e mostram caminhos para um campo mais inteligente

O Brasil é reconhecido mundialmente como um gigante na produção agrícola, mas mais do que produzir em larga escala, o país também começa a se destacar por um movimento essencial para o futuro do setor: a economia circular. Trata-se de um modelo que transforma resíduos em novos insumos e oportunidades, reinserindo sobras do processo produtivo em novas cadeias de valor, sejam econômicas, sociais e ambientais. Alimentos como tomate, coco, cenoura, limão e berinjela têm se tornado exemplos emblemáticos de como a agricultura pode inovar com inteligência, reduzindo desperdícios e ampliando o impacto positivo da produção.

Para Luís Schiavo, CEO da Naval Fertilizantes,  empresa especializada em produtos biológicos, nutrição e tecnologia de aplicação para as lavouras, esse novo olhar sobre os resíduos agrícolas é um reflexo da maturidade e da responsabilidade que o agronegócio brasileiro vem assumindo. “O campo deixou de olhar para os resíduos como um problema e passou a enxergar neles uma fonte de inovação e desenvolvimento. Essa mudança de mentalidade não só reduz desperdícios, como fortalece cadeias produtivas locais, gera renda e contribui para práticas agrícolas mais sustentáveis”, afirma.

Confira como cada um deles tem contribuído para essa transformação:

Tomate
Além de alimento in natura ou industrializado, o tomate é uma fonte rica de subprodutos com grande potencial de reaproveitamento. As sementes, por exemplo, são extraídas e processadas para a produção de óleos com alto teor antioxidante, usados nas indústrias cosmética e farmacêutica. Já a polpa excedente e as cascas podem ser transformadas em extratos concentrados, compostos bioativos ou ainda em base para fertilizantes orgânicos. Em algumas regiões, esses resíduos são utilizados também na alimentação animal, reduzindo custos de ração e aproveitando o valor nutricional.

Coco
O aproveitamento do coco é um dos casos mais avançados de economia circular no agronegócio. A casca e a fibra do fruto, que representam grande volume de descarte, vêm sendo usadas na fabricação de mantas para jardinagem, vasos biodegradáveis e substratos para cultivo agrícola. O pó da casca, conhecido como pó de coco, é um excelente condicionador de solo, com alta capacidade de retenção de água. Além disso, o endocarpo (parte dura interna) pode ser convertido em carvão ativado, utilizado na filtragem de água e no setor farmacêutico.

Cenoura
Na indústria de processamento, até 30% da cenoura pode virar resíduo, especialmente nas etapas de lavagem e corte. Mas esses subprodutos ganham nova função em processos circulares: as cascas e partes menos comerciais são trituradas e transformadas em farinha de cenoura, rica em fibras e carotenóides, aplicada em produtos funcionais ou rações animais. Em projetos agroindustriais, resíduos da cenoura também são compostados para virar adubo natural, retornando ao solo com alto teor de matéria orgânica.

Limão
Após a extração do suco, o limão ainda guarda grande valor em sua casca e bagaço. A casca é fonte de óleos essenciais e pectina, usados em cosméticos, alimentos e fármacos. O bagaço também entra na composição de ração animal ou é convertido em composto orgânico por meio de biodigestão. Outro destino nobre é a fabricação de aromatizantes e fragrâncias naturais, uma vez que o limoneno (presente na casca) tem alta demanda na indústria.

Berinjela
Menos óbvia, mas não menos promissora, a berinjela também tem seus resíduos valorizados. As sementes são aproveitadas na fabricação de suplementos naturais por conterem antioxidantes e fibras solúveis. Já a polpa excedente, que muitas vezes é descartada durante o processamento industrial, pode ser incorporada a produtos alimentícios funcionais, como snacks ou farinhas ricas em nutrientes. Em estudos mais recentes, resíduos da berinjela também têm sido testados como base para bioplásticos e embalagens biodegradáveis.

“Hoje sabemos que o valor da produção não está apenas na colheita, mas em todo o ciclo que ela movimenta. A economia circular é uma forma de reverter desperdícios em riqueza e regenerar os próprios recursos do solo. E os fertilizantes têm papel essencial nesse ciclo, já que uma lavoura bem nutrida gera resíduos mais aproveitáveis e mantém a saúde do ecossistema agrícola”, finaliza o CEO da Naval Fertilizantes.

Sobre a Naval Fertilizantes

Criada em 2014, em Campo Novo do Parecis (MT), a Naval Fertilizantes é uma empresa especializada em produtos biológicos, nutrição e tecnologia de aplicação para as lavouras de soja, milho, milho pipoca, arroz, feijão, algodão, girassol, cana de açúcar e pastagens. Em junho/2024, a marca entra para o franchising com o objetivo de expandir o negócio. Em cinco anos, a meta é chegar a mais de mil unidades, em todas as regiões agrícolas do país e faturar acima de R$ 2 bilhões.

 


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