PUBLICIDADE

Seguro Rural é ferramenta essencial para a sustentabilidade no campo, defende especialista


PUBLICIDADE
  • mell280

24/06/2025 15h10

Seguro Rural é ferramenta essencial para a sustentabilidade no campo, defende especialista

Kaísa Romagnoli


Redução de R$ 445 milhões no programa de subvenção preocupa o setor; projeto-piloto busca estimular boas práticas agrícolas com nova metodologia de classificação de áreas seguradas

Na contramão do crescimento da preocupação com eventos climáticos extremos no campo, o governo federal confirmou nesta terça-feira (24) o contingenciamento de R$ 445,1 milhões no orçamento do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). A medida, segundo o Ministério da Agricultura, visa cumprir as metas fiscais, mas acende o sinal de alerta entre produtores e empresas ligadas ao agronegócio.

Para Romário Alves, CEO da Sonhagro, empresa que atua com soluções financeiras personalizadas para o campo, o corte chega num momento delicado. “Estamos em uma fase em que os riscos climáticos são cada vez mais frequentes e severos. O seguro rural é o que permite ao produtor seguir em frente mesmo após perdas. Sem esse suporte, o prejuízo pode se espalhar por toda a cadeia”.

Apesar da restrição, a Pasta anunciou a liberação de R$ 368,5 milhões para as culturas de inverno e outras atividades. Os recursos devem cobrir parte das demandas imediatas, com foco em grãos, frutas, pecuária, florestas e projetos-piloto.

Entre as inovações previstas está um novo modelo de seguro rural vinculado ao Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), agora com classificação baseada nos níveis de manejo do solo. Na prática, produtores que adotarem boas práticas agrícolas terão acesso a percentuais maiores de subvenção.

A proposta é estimular o cuidado com o solo como forma de reduzir perdas por déficit hídrico. O modelo será testado inicialmente na soja, no Paraná. O agente operador (produtor, cooperativa ou uma empresa) deverá enviar um conjunto de dados à Embrapa, incluindo o histórico da área, análises de solo e imagens de satélite. Esses dados formarão uma espécie de “radiografia” da propriedade.

“É uma forma inteligente de reconhecer quem investe em manejo de qualidade”, destaca Romário. “Essa diferenciação é importante. Não se trata apenas de proteger uma lavoura, mas de incentivar uma cultura de responsabilidade e sustentabilidade no campo”.

Os níveis de manejo vão do NM1, que indica degradação do solo, ao NM4, que reflete excelência no cuidado com fertilidade e estrutura. Quanto melhor o manejo, maior a subvenção oferecida ao produtor. A lógica é clara: reduzir os riscos, aumentar a produtividade e recompensar quem faz a lição de casa.

Apesar do esforço para manter o programa em funcionamento, o cenário de instabilidade orçamentária gera incerteza. O próprio Ministério reconhece que, por se tratar de despesa discricionária, o PSR sempre corre risco de sofrer cortes.

Para Romário Alves, a solução passa por encarar o seguro rural como ferramenta essencial à política agrícola. “Não é um custo, é um investimento. Com previsibilidade e apoio técnico, o produtor planeja melhor, investe com mais segurança e responde com eficiência ao mercado. Todos ganham com isso”.

O momento é decisivo: de um lado, o avanço de tecnologias de monitoramento e gestão de risco; de outro, a necessidade de políticas públicas que assegurem o básico. O seguro rural é uma ponte entre essas duas realidades e a manutenção de seu orçamento pode definir o quanto o país está disposto a proteger quem alimenta a nação.

Sobre a Sonhagro:

Especializada em soluções completas de crédito rural, a rede visa facilitar os processos burocráticos para os produtores, atuando no gerenciamento de suas negociações e na execução dos projetos técnicos que os bancos exigem.  Fazendo a sua história há mais de 11 anos, com mais de 90 unidades que facilitam o financiamento do crédito rural para os produtores em 25 estados do país.

 


Criada por IA

 


 





PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
  • academia374
  • Nelson Dias12
PUBLICIDADE