“Hoje, aquilo que é azul para um, pode ser amarelo para o outro, e isso está sendo aceito como normalidade. O problema é que, com isso, a verdade vai saindo de cena”, afirmou o padre diante de centenas de fiéis reunidos para a tradicional missa que celebra a presença real de Jesus Cristo na Eucaristia.

 

 

 

Padre Leonardo chamou atenção para o fato de que até mesmo notícias policiais passaram a relativizar os fatos, utilizando termos como “suspeito” para quem foi flagrado em crime. “Não se pode mais dizer que o ladrão roubou, ou que o assaltante assaltou. Vivemos em uma sociedade onde a verdade virou alvo de punição”, disse.

 

 

 

Ao longo da homilia, o sacerdote também alertou para os riscos do relativismo dentro da própria Igreja Católica. “O modernismo ataca a nossa Igreja, porque ataca a verdade que é Deus. Nós não podemos mais dizer que Nossa Senhora é mãe de Deus sem ouvir: ‘Essa é a sua opinião’. E isso é muito grave”, destacou.

 

 

 

Padre Leonardo foi enfático ao dizer que muitos católicos, mesmo os que frequentam a missa dominical, têm relativizado a fé, misturando crenças que não fazem parte da doutrina católica. Ele citou práticas como falar de “carma”, “energia pesada”, ou buscar soluções espirituais em filosofias orientais, centros espíritas e até em banhos de ervas. “Tudo isso não faz parte da fé católica”, ressaltou.

 

 

 

Segundo ele, essa mistura de crenças e o discurso de que “o importante é acreditar em algo” ou “fazer o bem” têm enfraquecido a Igreja e a fé verdadeira. “Este tipo de pensamento vai afundar a marca da Igreja, vai destruir tudo aquilo que os santos e nossos antepassados construíram, muitas vezes pagando com a própria vida”, disse o padre, lembrando o martírio de tantos cristãos ao longo da história.

 

 

 

Ao final da homilia, Padre Leonardo fez um apelo aos fiéis para que permaneçam firmes na verdade, sem relativismos e sem medo de professar a fé católica em sua totalidade. “A verdade não é opinião, a verdade é Cristo, e ela precisa ser defendida com coragem”, concluiu.

 

 

 

A celebração de Corpus Christi em Maracaju seguiu com a tradicional procissão e momentos de oração e adoração ao Santíssimo Sacramento, reforçando o convite feito pelo padre a uma vivência de fé autêntica, sem concessões ao relativismo moderno.