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31/05/2025 18h08
Colisões com antas causaram 48 mortes em rodovias de MS
Levantamento revela também que 700 antas foram atropeladas nas estradas
Por Jéssica Fernandes
Pelo menos 48 pessoas já morreram nas rodovias estaduais de Mato Grosso do Sul, entre março de 2013 e março de 2024, por causa de colisões veiculares com antas. O Incab-IPÊ (Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira), projeto do IPÊ (Instituto de Pesquisas Ecológicas), divulgou neste sábado (31) um infográfico nas redes sociais com os dados estaduais.
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Além das consequências dessas colisões no âmbito da vida humana, também foram revelados os números de animais afetados. Entre 2013 e 2020, foram contabilizadas 700 carcaças de antas atropeladas nas estradas que cortam o Estado. As estatísticas relacionadas à fauna correspondem somente a esse período, sem atualizações dos últimos anos.
Segundo o Incab-IPÊ, o levantamento do número de carcaças de antas atropeladas foi realizado por meio de monitoramento a campo, busca ativa nas rodovias, informações de comunidades locais via grupos de WhatsApp e dados do Projeto Bandeiras e Rodovias, do ICAS (Instituto de Conservação de Animais Silvestres). Também foram utilizadas estatísticas das polícias rodoviárias estadual e federal, além de processos do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).
Não há especificação de quais rodovias do Estado registraram mais ocorrências de mortes, tanto de animais quanto de pessoas. No entanto, a estimativa do Incab-IPÊ é que cerca de 180 antas morram por mês em apenas uma rodovia, a BR-262.
O que fazer em casos de colisões - Para orientar a população, a iniciativa também divulgou um material explicando o que fazer em casos de colisões veiculares com animais. “Uma colisão veicular com fauna pode acontecer de maneira repentina, por isso é importante saber o que fazer nessas situações”, informa o texto.
A primeira medida é ligar o pisca-alerta do veículo para sinalizar aos demais motoristas. Se o animal estiver vivo, a orientação é não se aproximar. “Em momentos assim, esses animais estão certamente estressados e, como mecanismo de defesa, podem ser agressivos com aqueles que se aproximam”.
O correto é acionar um órgão competente, como a Polícia Militar Ambiental, a PRF (Polícia Rodoviária Federal), a concessionária responsável pela via ou o Corpo de Bombeiros.
Mesmo que a intenção seja ajudar, não se deve transportar o animal, já que isso pode ser considerado crime ambiental quando feito sem autorização.
Se o animal estiver morto, não toque. Existe risco de transmissão de doenças. Nesse caso, também é necessário acionar as autoridades para fazer a remoção adequada.
