Durante a sessão, Joãozinho Rocha relatou casos de moradores que se sentiram prejudicados pela empresa. Um dos exemplos citados foi o de um morador da Rua Estanslau Stawborovsk, nº 2603, que já enfrentava dificuldades para pagar uma conta de R$503 e foi surpreendido com uma cobrança adicional de R$134 para limpar seu nome e evitar o protesto. “Essa prática é um verdadeiro absurdo. A pessoa já tem dificuldades para pagar a conta de energia e ainda precisa arcar com valores extras para não ter seu nome protestado”, destacou o vereador.

 

Outro caso mencionado foi o de um morador, identificado como Maurão (que não é o vice prefeito), que recebeu uma notificação antes mesmo do vencimento da fatura, sendo obrigado a efetuar o pagamento antecipado. “A conta dele tinha vencimento para o dia 26 de dezembro de 2024, mas no dia 31 do mesmo mês ele já recebeu uma notificação. Ele pagou R$123 porque foi notificado, pois se não pagasse, seria protestado. E esse não foi o único caso”, ressaltou Joãozinho Rocha.

 

O parlamentar classificou a prática da concessionária como abusiva e afirmou que buscará informações junto à empresa para verificar a legalidade dessas cobranças. Além disso, garantiu que encaminhará um requerimento formal para solicitar esclarecimentos à senadora Soraya Thronicke, à deputada estadual Mara Caseiro (PSDB), ao deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB) e aos demais representantes de Maracaju nas bancadas federal e estadual. “Já fiz esse pedido pessoalmente, mas agora vamos formalizar para que se tenha uma resposta concreta sobre essa situação”, afirmou.

 

Outros vereadores também manifestaram apoio à iniciativa, destacando que, enquanto a Energisa é rápida para protestar as contas em atraso, os consumidores enfrentam demora no atendimento a solicitações de manutenção e novas ligações de energia. Foram citados casos em propriedades rurais, como na Fazenda do Catito e na Fazenda Santo Antônio, onde moradores ficaram dias sem energia e tiveram que arcar com eletricistas particulares para solucionar o problema.

 

Joãozinho Rocha reforçou que a Câmara Municipal precisa atuar de forma mais incisiva para garantir que a população não continue sendo prejudicada. “Não se trata apenas das constantes quedas de energia, mas de uma série de problemas que a empresa tem acumulado. Precisamos de uma solução definitiva para essas questões”, concluiu.