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Fobia financeira pode melhorar com organização e educação


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  • mell280

16/04/2024 15h19

Fobia financeira pode melhorar com organização e educação

Nathani Paiva


Condição faz referência ao medo excessivo de lidar com o dinheiro e suas responsabilidades. 

Foto: master1305/Freepik


A organização e a educação financeira podem ajudar as pessoas a superarem problemas psicológicos relacionados ao dinheiro, como a chamada fobia financeira. A condição faz referência ao medo excessivo de lidar com o dinheiro e suas responsabilidades, o que faz com que o indivíduo paralise e não consiga se organizar financeiramente. 


De acordo com especialistas no assunto, a situação, muitas vezes, está ligada a uma percepção distorcida em relação ao dinheiro, em decorrência de experiências negativas. O problema pode desencadear sintomas físicos, como taquicardia e enjoo, além de ansiedade e irritação, contribuindo para decisões equivocadas do ponto de vista financeiro. 


Segundo levantamento do Instituto FSB Pesquisa, quase metade (47%) dos brasileiros afirma que as finanças pessoais são a sua maior preocupação, e 30% têm despesas mensais maiores do que a renda. Já o estudo da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), em parceria com o Banco Central, mostrou que as questões financeiras são motivos de problemas familiares e estresse para 58,4% da população. 

 

Conforme informações da socialtech EQL- Elas Que Lucrem, a terapia psico financeira ajuda no tratamento de quem tem fobia financeira. Esse tipo de terapia busca melhorar a relação da pessoa com o próprio dinheiro a fim de  proporcionar mais liberdade, autoconhecimento e autonomia.


A educação financeira também desempenha um papel relevante na superação do problema. Ao aprender habilidades de gestão financeira, como lidar com dívidas de maneira saudável, economizar, criar uma reserva de emergência e investir, é possível ganhar confiança e reduzir o estresse associado ao dinheiro.


Os investimentos renda fixa podem ser uma opção para quem prioriza a segurança na hora de aplicar o dinheiro. A modalidade proporciona retornos estáveis ao longo do tempo e pode contribuir para a construção de uma base financeira sólida.

Como desconstruir crenças limitantes

A especialista em desenvolvimento do potencial humano, palestrante e treinadora comportamental, Gaya Machado, ressalta que as pessoas querem ter uma boa relação com o dinheiro, mas crenças de escassez podem impedir que a meta seja alcançada. 


Em entrevista à imprensa, ela avaliou que os ensinamentos equivocados sobre a economia pessoal precisam ser confrontados com outros pontos de vista para, assim, não se tornarem condicionamentos que geram respostas automáticas ao assunto.


Segundo ela, quando uma pessoa cresce ouvindo que o dinheiro não traz felicidade ou que ricos não são do bem, é possível desenvolver crenças que levem a uma relação problemática com as finanças. A especialista garante que o condicionamento mental pode ser reprogramado de forma consciente.


De acordo com educador financeiro e autor do livro “Emoções financeiras - Um guia para transformar a sua relação com o dinheiro em liberdade”, Thiago Godoy, a raiz do problema, muitas vezes, está na autoestima e na autopercepção.


Em entrevista à imprensa, ele, que é conhecido como Papai Financeiro, destacou que é preciso trabalhar na construção da autoestima e identificar de maneira consciente qual é o ponto-chave para as crenças limitantes.


Os especialistas concordam que a educação e a organização financeira auxiliam na desconstrução de crenças limitantes e na promoção de uma relação mais saudável com o dinheiro. Enquanto a primeira envolve aprender sobre dívidas, orçamento, investimentos e economia de emergência, a segunda permite colocar esse conhecimento em prática.

Dicas para manter a saúde do bolso

Quando os hábitos de consumo ameaçam o orçamento e frustram planos, é preciso repensá-los. Aprender a evitar o consumismo é uma lição importante no cuidado com o dinheiro e no caminho para ter uma vida financeira saudável. As aquisições impulsivas e fora do orçamento podem gerar dívidas e comprometer projetos de vida em pouco tempo. 


De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 77,8% dos brasileiros tinham alguma dívida no cartão de crédito, cheque especial, carnê e outros tipos de crédito em 2023. 


Para evitar o consumismo e, consequentemente, o endividamento, especialistas indicam que os consumidores entendam o motivo por trás de cada compra. Junto a isso, é importante ter controle financeiro, focar nas metas estabelecidas para o uso do dinheiro e adiar compras, caso elas comprometam mais do que o limite pré-estabelecido.


Além disso, a orientação é apostar no consumo colaborativo, em que as pessoas alugam, trocam, compartilham e emprestam, focando no acesso aos bens e serviços e não na sua posse. 


O planejamento das compras também é um aliado para evitar aquisições impulsivas e por ansiedade. Fazer listas antes de ir ao supermercado, lojas e outros estabelecimentos é uma dica para selecionar o que realmente deve ser comprado. 

 




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