Parceria da ABIVIDRO com secretarias, associações e recicladores foram decisivas para o sucesso do programa de logística reversa de embalagens pós-consumo de vidro, que passou de 583 ton. em 2018 para 1278 ton. em 2020

O Estado do Mato Grosso do Sul entrou para o mapa da reciclagem de vidro no país. Mesmo a uma distância de cerca de 1000 km das fábricas recicladoras, o programa de logístiva reversa idealizado e coordenado pela ABIVIDRO -  associação de reúne as indústrias de vidro do país,  se mostrou eficiente,  elevando em 46% o volume de caco captado e destinado às fábricas em apenas um ano de operação.

Após publicação do Decreto Estadual nº 15.340 em dezembro de 2019, obrigando que o fabricante do produto final demonstre a implementação da logística reversa de suas embalagens pós-consumo, a  ABIVIDRO firmou um compromisso com o Ministério Público do Estado do Mato Grosso do Sul para implementação e operacionalização de ações para a viabilização da logística reversa de vidros no estado.

A equipe da associação identificou e capacitou um parceiro local e realizou um trabalho de campo em cidades estratégicas distribuídas no estado para desenvolver um diagnóstico preliminar das possibilidades de captação e retirada de caco de vidro. Em 2019 o programa Glass is Good, da Associação Brasileira de Bebidas – ABRABE, entrou no projeto dando mais viabilidade e estrutura, através de uma parceria firmada com a  empresa  REVIDROS, instalada em Campo Grande, o que proporcionou  condições mais favoráveis para a captação e destinação final das embalagens pós-consumo de vidro. 

Um ano depois, a implementação de um sistema estruturado de logística reversa se revelou viável e factível . O programa atingiu a marca de 46% de aumento no volume de caco captado, passando de 895 toneladas em 2019 para 1.278 toneladas em 2020.  O volume total de vidro retirado do estado em 2018 foi de 583 toneladas, indicando que a quantidade de caco que voltou para as fábricas de embalagem, tendo como destino a reciclagem, mais do que dobrou em dois anos, conforme gráfico abaixo.

Números da reciclagem do vidro no estado:  

O sucesso do programa só foi possível porque o modelo adotado distribui de maneira equilibrada a responsabilidade entre os diversos elos da cadeia, permitindo assim cobrir os altos custos de frete para retirada do caco de vidro do estado do Mato Grosso do Sul.

Embora a cadeia do vidro ainda não tenha sua entidade gestora, ABIVIDRO e ABRABE cumprem o papel de executar uma solução coordenada,  o que minimiza os custos e maximiza a eficiência e o resultado.

“O exemplo de Mato Grosso do Sul é a prova de que a reciclagem é viável em qualquer local. Com a articulação e participação de todos os agentes públicos (secretarias de meio ambiente e ministério público) e privados (indústria, envasadores, distribuidores e pontos de venda), o problema da logística reversa tem solução. E é simples de ser implantada.”, afirma Lucien Belmonte, presidente-executivo da ABIVIDRO.