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Comunicação da qualidade dos alimentos


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  • mell280

01/12/2016 09h00

Comunicação da qualidade dos alimentos

assessoria


Por José Otavio Menten, Diretor Financeiro do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS), Vice-Presidente da Associação Brasileira de Educação Agrícola Superior (ABEAS), Eng. Agrônomo, Mestre e Doutor em Agronomia, Pós-Doutorados em Manejo de Pragas e Biotecnologia, Professor Associado da ESALQ/USP. 

É importante que as notícias do agro cheguem de maneira correta aos moradores dos grandes centros urbanos. A maioria destes consumidores de alimentos não tem mais raízes rurais. Tem muita dificuldade para entender como os alimentos são produzidos e chegam até os supermercados, feiras, restaurantes etc. Dai a necessidade das informações serem elaboradas e divulgadas de forma clara, objetiva e sempre com base técnico-científica. Se não, ao invés de ajudar, atrapalha! Um dos exemplos clássicos era a maneira que o monitoramento de resíduos de produtos fitossanitários em alimentos era entregue a população. Eram apresentados dados muito técnicos que pouco esclareciam a população. O destaque era para as inconformidades como se elas fossem importantes para o consumidor. O que o consumidor quer é saber se o alimento que adquire apresenta risco a sua saúde. O programa que tem mais repercussão na mídia é o PARA (Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos), da ANVISA/Ministério da Saúde. O MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e diversas empresas privadas também desenvolvem programas de monitoramento, porém sem a mesma visibilidade.

Na última sexta-feira, 25 de novembro de 2016, pela primeira vez, a ANVISA divulgou os resultados da qualidade dos nossos alimentos de maneira sóbria, com base na avaliação do risco em conformidade com padrões internacionais, demonstrando que as frutas e hortaliças à disposição das pessoas são de qualidade aceitável quanto aos riscos de intoxicação aguda. Apenas 1% das amostras analisadas estavam com algum problema. Nas edições anteriores, citavam-se cifras preocupantes, como 70-80% das amostras com problemas. Essas notícias, sem base científica, desestimulavam o consumo de frutas e hortaliças, prejudicando a saúde das pessoas e os agricultores. O que mudou foi a metodologia de analisar os resultados obtidos. O procedimento atual representa a realidade. Avalia a quantidade de resíduo de produto fitossanitário presente nos alimentos que pode ser ingerida durante um período de até 24 horas sem causar efeito(s) adverso(s) a saúde. Antes, as cifras apresentadas eram baseadas na porcentagem de amostras com traços de produtos não autorizados para a cultura ou com valores acima do LMR (Limite Máximo de Resíduos). Estes valores tem grande importância para o aprimoramento das práticas agrícolas e pouco significado para o consumidor.

Como 99% dos alimentos que os agricultores brasileiros entregam a população estão livres de resíduos que representam risco agudo para a saúde, é possível que haja o aumento desejado do consumo de frutas e hortaliças, fundamental para a nutrição adequada das pessoas e prevenção de certos tipos de câncer e outras doenças crônicas. Devemos cumprimentar os agricultores brasileiros e todos os elos das cadeias produtivas pelos alimentos saudáveis que são colocados na mesa da população brasileira e de outros países do mundo.

Sobre o CCAS

O Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS) é uma organização da Sociedade Civil, criada em 15 de abril de 2011, com domicilio, sede e foro no município de São Paulo-SP, com o objetivo precípuo de discutir temas relacionados à sustentabilidade da agricultura e se posicionar, de maneira clara, sobre o assunto.

O CCAS é uma entidade privada, de natureza associativa, sem fins econômicos, pautando suas ações na imparcialidade, ética e transparência, sempre valorizando o conhecimento científico.

Os associados do CCAS são profissionais de diferentes formações e áreas de atuação, tanto na área pública quanto privada, que comungam o objetivo comum de pugnar pela sustentabilidade da agricultura brasileira. São profissionais que se destacam por suas atividades técnico-científicas e que se dispõem a apresentar fatos concretos, lastreados em verdades científicas, para comprovar a sustentabilidade das atividades agrícolas.

A agricultura, apesar da sua importância fundamental para o país e para cada cidadão, tem sua reputação e imagem em construção, alternando percepções positivas e negativas, não condizentes com a realidade. É preciso que professores, pesquisadores e especialistas no tema apresentem e discutam suas teses, estudos e opiniões, para melhor informação da sociedade. É importante que todo o conhecimento acumulado nas Universidades e Instituições de Pesquisa seja colocado à disposição da população, para que a realidade da agricultura, em especial seu caráter de sustentabilidade, transpareça. Mais informações no website: http://agriculturasustentavel.org.br/. Acompanhe também o CCAS no Facebook: http://www.facebook.com/agriculturasustentavel

 

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