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Mario Cesar 'entregou' ao Gaeco códigos usados por investigados


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  • mell280

28/08/2015 13h45

Mario Cesar 'entregou' ao Gaeco códigos usados por investigados



 

 

Gaeco mostrou escutas da PF e pediu explicações 

 
  • Mario Cesar, ao deixar Gaeco após depoimento (Foto: Luiz Alberto)

Durante depoimento da última terça-feira (25) no Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), o vereador e presidente afastado da Câmara Mario Cesar (PMDB) foi confrontado com suas conversas gravadas com o empresário João Alberto Krampe Amorim dos Santos, proprietário da Proteco Construções Ltda.

O parlamentar admitiu manter amizade com o suspeito de ter superfaturado contratos com o governo do Estado durante a gestão do ex-governador André Puccinelli (PMDB), mas negou que tenha recebido dinheiro para afastar Alcides Bernal (PP) da Prefeitura de Campo Grande.

Nos diálogos, é possível ver que João Amorim tinha influência direta em assuntos políticos e até mesmo influência, dando opiniões. Em um dos diálogos, Amorim pede a Mario Cesar para cobrar pagamento por serviço prestado a Alcides Bernal.

Ao retornar da reunião, Mario Cesar diz a Amorim que não conseguiu acordo para realização dos pagamentos e negou que Bernal tenha cobrado propina para liberá-los.

“Goiano” e “mosqueteiros”

Mario Cesar relata ao Gaeco como se deu a cassação de Bernal, seu desgaste político com os vereadores e as metáforas utilizadas nas ligações com João Amorim. Ele afirma que manteve conversas com Gilmar Olarte, chamado de “Goiano” nas escutas autorizadas da Polícia Federal por ter as mesmas iniciais do prefeito afastado, antes da cassação. Nas gravações, eles marcam encontro de Olarte com Amorim e João Baird, dono da Itel Informática, que manteve contrato com a Prefeitura na gestão de Gilmar.

Outra explicação dada é sobre o uso de metáforas como “cada flash é uma notícia”, “ a cada parada, um suco, uma melancia”. Segundo Mario, ele estaria apenas explicando a Amorim que ele não receberia pelos contratos da forma pretendida, apenas de forma parcelada.

Sobre a referência a “mosqueteiros”, ele explica que são referências a Alcides Bernal, Pedro Chaves e Delcídio do Amaral, quando estariam formando uma coalizão para tentar evitar a cassação do então prefeito.

As declarações de Mario Cesar fazem parte do pedido de revogação do afastamento do vereador da Câmara. Nas alegações da defesa, o depoimento mostra o compromisso do parlamentar em dar acesso às suas contas, não representando perigo e nem impedimento para o encerramento das investigações. 





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  • Nelson Dias12
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