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Dá para achar de ex-jogador de futebol a jaca em feira do Lar do Trabalhador


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  • mell280

21/10/2014 07h00

Dá para achar de ex-jogador de futebol a jaca em feira do Lar do Trabalhador



 

Aline Araújo

 
Feira é estreita e arborizada. (Foto: Alcides Neto)Feira é estreita e arborizada. (Foto: Alcides Neto)

A feira do Lar do Trabalhador é estreita, com jeito tradicional. Fica em uma rua paralela a dos Narcisos, a principal do bairro. Não é muito grande, nem das mais movimentadas, apesar da sensação ser essa na via apertadinha. Nas terças-feiras, ela faz a alegria dos moradores da região, da avenida com casa antigas e do Residencial Flamingos, para quem comer e comprar. De queijo caipira vendido por ex-jogador de futebol, a jaca na barraca de frutas, o lugar expõe mais histórias que mercadorias.

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Uma das mais interessantes é a do ex jogador do Comercial, Tarcirio da Silva Jacob, de 65 anos, mais conhecido pelo apelido de Pelézinho. Na juventude, ele jogou no clube de Campo Grande, depois estudou, se formou em Pedagogia, exerceu um pouco a profissão até conhecer a falecida esposa. Ela era descendente de japoneses e por isso ele foi morar do outro lado do mundo. Lá, ficou por mais de dez anos, trabalhou em fábrica, até aprender o idioma e virar tradutor de português por lá.

 
Pelézinho já jogou no Comercial e hoje vende queijo na feira.Pelézinho já jogou no Comercial e hoje vende queijo na feira.

Mas o destino reservou uma surpresa, a esposa faleceu e ele foi obrigado a voltar para o Brasil há cinco anos. "Eu não queria, por mim tinha ficado lá, mas perdi a cidadania com a morte da minha esposa", explica.

Natural de Jardim, Tarcirio voltou para cidade natal com mais de 60 anos, não conseguiu emprego na área de atuação e nem como tradutor. Veio para Campo Grande, procurou trabalho por aqui e mesmo com a qualificação não conseguiu. Hoje, vende queijo e ovos caipiras em algumas feiras livres da Capital.

"Não encontrei emprego por aqui, resolvi comprar um ponto na feira para trabalhar e tem sido bom. Mas ainda tenho muita saudade do Japão. Consegui voltar para lá já, visitei os lugares que trabalhei e eles fazem festa quando eu chego", lembra com a nostalgia de quem pretende voltar um dia.

 




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