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Deputados são alvo do STF e tiveram sigilo bancário quebrado


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  • mell280

22/09/2014 10h00

Deputados são alvo do STF e tiveram sigilo bancário quebrado

Eles foram denunciados por participação no esquema de fraude em licitações

Celso Bejarano


 

Marçal e Geraldo estão na mira do STF 
(Foto: Arquivo)Marçal e Geraldo estão na mira do STF

Entre os sete deputados federais de Mato Grosso do Sul, dois deles, Marçal  Filho e Geraldo Resende, do PMDB, candidatos à reeleição, estão na mira do Supremo Tribunal Federal (STF). Recai sobre os dois a suspeita de participação no esquema desmontado na Uragano, operação da Polícia Federal, em  2010. O caso foi parar nas mãos do ministro Marco Aurélio de Mello, do STF. Marçal e Resende foram denunciado em 2012 pelo Ministério Público Federal (MPF) por provável ligação com a quadrilha do então prefeito de Dourados, Ari Artuzi, acusada de fraudar licitações envolvendo a prefeitura. 

Os parlamentares foram indiciados por suspeitas de cobrarem parte do dinheiro destinado para a execução de obras na cidade, posto de saúde uma delas. O recurso ia para o município por meio de emendas propostas pelos deputados implicados no caso. Na última ação movida do inquérito 3352, no final de julho passado, o ministro manda expedir ofício ao Banco do Brasil para que “identifiquem a origem” de somas que entraram na conta da Radiodifusão Dinâmica FM Ltda., empresa de Marçal Filho. Em fevereiro de 2012, o STF já havia determinado a quebra do sigilo bancário dos dois deputados.

De acordo com o inquérito, o STF quer saber detalhes da movimentação bancária da emissora de rádio “tendo em vista a suposta triangulação de recursos entre a citada empresa [FM] e Marçal Gonçalves Leite Filho e deste para a respectiva campanha eleitoral de 2010 [ano que Marçal foi eleito deputado federal]”. O escrito entre aspas é parte da decisão do ministro Marco Aurélio, que determinou a devassa nas contas de Marçal Filho e Geraldo Resende. Aurélio ordenou ainda que que se faça uma pesquisa apurada no Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro (CCS) “com o intuito de comunicar exclusivamente às instituições financeiras com as quais a investigada [FM] tem ou teve relacionamentos no período da quebra do sigilo bancário, [desde 2012] acelerando, assim, a obtenção de dados junto a tais entidades”.

Pelo dito por Aurélio, ele quer saber todo o histórico financeiro da emissora de rádio, como contas correntes, contas de poupança e “outros tipos de contas, inclusive nos casos em que a investigada apareça como cotitular, representante, responsável ou procuradora, bem como as aplicações financeiras, informações referentes a cartões de crédito e outros produtos existentes junto às instituições financeiras”. Em abril do ano passado, o ministro Marco Aurélio já havia concordado com o pedido do MPF ao expedir ofício ao Banco do Brasil pedindo que os bancos do Brasil, ABN Amro Real e Banco Santander liberassem informações sobre as contas dos correntistas Marçal Filho e Geraldo Resende. Os dois peemedebistas foram indiciados no mesmo inquérito do STF, o 3352.


 

 




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