A Embrapa desenvolveu três protocolos para reduzir a emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa) e elevar o sequestro de carbono na pecuária de leite. Os estudos baseiam-se em boas práticas que incidem sobre os principais processos geradores de gases poluentes na produção de carne e leite, assim como a aplicação de fertilizantes nos solos e o uso de insumos na produção de alimentos para os animais.

Os protocolos estabelecem métodos e tecnologias que podem ser adotados nos sistemas de produção de leite para diminuir as emissões e aumentar o sequestro de carbono. A iniciativa que contribui para a mitigação dos impactos climáticos na agropecuária é dividida em três protocolos, denominados:

• Boas práticas para a mitigação da emissão de metano dos bovinos;
• Boas práticas para a redução da emissão de amônia e óxido nitroso no solo;
• Boas práticas de manejo de solos para acúmulo de carbono.

As orientações técnicas reunidas em um livro publicado pela Embrapa Pecuária Sudeste (SP), além de descarbonizar a cadeia leiteira, também auxilia o setor em atingir a meta 13 dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) de combate às mudanças climáticas.

A pesquisadora da Embrapa Pecuária Sudeste, Patrícia Perondi Anchão Oliveira, afirma que a atividade na pecuária de leite é desafiadora e reduzir emissões é mais um fator importante que o produtor deve considerar para garantir a segurança alimentar das gerações futuras e atender o mercado consumidor, cada vez mais exigente.

Segundo estimativas do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) de 2024, ano base 2022, o setor agropecuário é responsável por 30,5% das emissões de GEE do Brasil.

Do total, 19% são de metano e dessas emissões cerca de 97% são provenientes dos bovinos, sendo 86% do rebanho de corte e 11% da pecuária de leite.

Confira mais detalhes sobre os três novos protocolos aqui.