O Brasil busca diversificar exportações para a França e concluir o acordo Mercosul–União Europeia até dezembro, afirmou Ricardo Neiva Tavares, embaixador do Brasil na França, durante o LIDE Brasil França Fórum, em Paris. Ele declarou: “O comércio bilateral ainda está abaixo de seu potencial”, ao lembrar que o intercâmbio somou cerca de 8 bilhões de euros em 2024 e que a redução de barreiras “beneficiaria ambas as economias”.

Tavares afirmou que a pauta exportadora brasileira segue concentrada em produtos primários ou semimanufaturados, como farelo de soja, petróleo bruto e celulose, enquanto as importações incluem motores, máquinas, aeronaves e produtos farmacêuticos. Ele citou o setor aeronáutico como área capaz de ampliar a presença brasileira no mercado francês.

O embaixador destacou que a França tornou-se o segundo maior país de origem de investimento direto no Brasil, com quase 8% do total, impulsionada pelos setores de infraestrutura portuária, finanças, seguros e energia. Ele afirmou que há espaço para expandir projetos em transição energética, logística e saneamento.

Tavares também mencionou avanços no diálogo bilateral sobre energia e minerais estratégicos, ao afirmar que há “amplo potencial” em bioenergia, biocombustíveis, combustível sustentável de aviação, combustíveis marítimos de baixa emissão e biogás.

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