- mell280
09/10/2025 04h56
De iniciantes a participantes de todas as edições: a combinação que faz a Corrida do Pantanal única
A Corrida do Pantanal 2025 chega a Campo Grande no próximo final de semana com um marco histórico: 25 mil pessoas reunidas em uma prova que já se consolidou como a maior festa do atletismo sul-mato-grossense. De um lado, os estreantes: 12 mil corredores que vão experimentar pela primeira vez a emoção de largar junto à multidão, representando quase metade do público.
No outro extremo, os veteranos: mais de 9,7 mil atletas que ostentam o título de “fãs de carteirinha”, por participarem de todas as edições realizadas até aqui. Mais que uma competição, a corrida simboliza convivência, tradição e renovação, conectando diferentes histórias em torno da mesma paixão: correr.
Entre os novatos, está o executivo comercial Carpegiani Felix, de 38 anos. Ele decidiu transformar o desafio em uma experiência coletiva e inscreveu toda a família, que também vai vestir o número de peito da Corrida do Pantanal pela primeira vez. Esposa, filhos, sogro, mãe e cunhados, todos estarão juntos, seja na caminhada ou corrida de 5 km, além da corrida kids.
“Estamos com a expectativa bem alta, porque vai ser a primeira vez de todo mundo nessa corrida tão bacana, que inclui todo tipo de pessoa, de crianças a idosos. Vários amigos já me disseram que é um evento fantástico. Espero aproveitar o percurso, a natureza e compartilhar momentos com a família”, revelou.
Estreante no universo das corridas de rua, Gabrielle Alves Ferraz, 26 anos, analista de laboratório sênior, escolheu a Corrida do Pantanal para dar o primeiro passo em uma prova oficial. Praticando o esporte há cerca de um ano, ela conta que o objetivo inicial foi melhorar o condicionamento físico, mas agora encara o desafio de forma ainda mais especial. “Minha expectativa é finalizar a prova bem, correr durante todo o percurso e concluir com o sentimento de dever cumprido”, afirmou.
O entusiasmo também contagia o marido, Rafael Silva Castro, 26 anos, analista de operações sênior, que decidiu acompanhar Gabrielle na corrida de 5 km. Ele começou a correr há apenas cinco meses, motivado pela esposa e pelo impacto positivo do esporte em sua saúde. “Tenho uma doença autoimune e percebo que a corrida funciona como um remédio, trazendo mais disposição e qualidade de vida. A corrida vai além da competição, ela é uma oportunidade de autocuidado, superação e conexão”, destacou.
Na turma dos experientes em Corrida do Pantanal, estão as amigas e colegas de trabalho Januária e Dayane. Para a secretária Januária de Aguiar Penha, cada edição da prova tem sido um marco de superação pessoal, com a conquista de novas distâncias a cada ano.
“Todas as edições da Corrida do Pantanal me trouxeram a lição pessoal de superação, porque de 2022 pra cá os quilômetros foram aumentando. Comecei nos 5km, depois 7km, ano passado 8km e agora vou encarar os 10km. Ver essa minha evolução é muito satisfatório”, contou. Para ela, a dica aos estreantes é simples e valiosa: “Se divirta! Chore na chegada, cada km vencido merece ser comemorado”, aconselhou.
A história de evolução também se repete com a amiga Dayane Fernanda da Silva Cunha, que neste ano vai correr o percurso de 21 km. Ela encontrou na corrida um estímulo para mudar de vida. “A edição de 2023 foi a mais marcante pra mim, quando corri 7 km, senti dores e não desisti. Chorei muito na chegada, mas foi o sentimento de ‘eu consegui e sou capaz’. Depois descobri que era hipertensa e percebi que a corrida me ajudou a cuidar da saúde. Voltei mais forte e feliz, porque sei que só não tive problemas mais graves graças ao esporte”, admitiu.
Hoje, Dayane considera a Corrida do Pantanal um compromisso pessoal e um momento muito aguardado do ano. “Sempre é uma emoção nova, cada corrida gera um sentimento de superação misturado com alegria. A lição que fica é de gratidão. Correr é um ato de cuidar de si mesmo, não tem como trapacear, depende somente de nós mesmos”, ressaltou.