- mell280
06/08/2025 17h22
Boletim COP30 Brasil
Kopénotihiko íhae Mbârasiu ítuke Kuntari katu pîhohiko kámokenopono yara ho’unévoti yaye pítivokona Bonn yaye Alemanhake | Indígenas brasileiros do Programa Kuntari Katu, que participam como ouvintes na Conferência de Bonn, na Alemanha - Foto: Isabela Castilho/COP30 Brasil
Yuho locutor koéhati: Salim Sebastião
Eyekoûti: Anéye ra iháxoneti financiamento, yoko koêkumo kíxokonoku ko’itukeyeokono ra kilíma, énomone ixomo íhikaxovohiko ra 23 koeti kopénoti íhae Mbarâsiuke, harâ’a itukoa porôgaramana koéhati Kuntari Katu, hara óvo itúkeovo kamokénotihiko yaye Conferêncianake Bonn ya Alemanhake. Enepora porôgarama Kuntari Katu hara ixomo íhikaxohiko reperesentante indígena oúkeke ra éxetina kilímana ûti. Enepora curso énomone itúkovo prepara kixoti liderança indígena koêkumo ápeyea xapákuke ra ítuke COP30 yayeke Belém, yupíhova itúkeovo únati isóneuhiko ómo ra kopénoti xokóyo yara koyúhoti kilímana ûti.
Anéye yûho ra Marisangela Oliveira ukeâti yaye xapa kopénoti koéhati Sateré-Mawé ovoti ya estado na Amazona, enepora Marisangela Oliveira kopénoti yupíhova kotíxea kónokea kámokenoyeokono ra kopénoti, vo’oku ra koekúti énomonemaka sofré kixoa ra kóyeku kilímana ûti.
Marisangela: Koatimo uti huvo’óxoti yara COP30 kôe ra Marisangela kopénoti, yupíihova kónokea kámokenoyeokono ûti, vómea ra visóneu xokóyo ra ho’unévoti. Ngutípoa poréxea únati ra koêkumo vápeyea ra COP30, koêku ixómoyea kahápea ûti ra poké’exa ûti, véxoa koyónoyea ûti ra poké’exa ûti kuteâti tikótihiko, koánemaka óvoku hunôti úne.
Eyékoxoti: Anéye ra kopenoti koéhati Eliel Ukan Patté ihíkaxovoti, koyúhoa itúkeova haînati ákoti oríko ápeyeamo kopénoti ya ho’unévotike, itea koémaka itíkeovo únatimo kûrivokoxeovamo ûti, motovâti vómea véxone ukeâti xapa áciões na ûti, hána’itimo contribuíkó’iyea.
Enepora Eliel: Koyúhoa unáko ápeyeahiko ra kopénoti, xokóyo ra ho’unévoti, énomone itúkovo ominó’oviti vemó’u koáne exóneti ukeâti xoko ûti. Vo´óku ra exetínati, itopónotimo éxetina poké’exa ûti, yane énomone itúkinovo únati paticipá kíxea kopénotihiko ra ho’unénovoti koyuhóti ítuke kilíma.
Eyékoxoti: ya xoko Ana Flávia Sampaio, ihíkaxovoti ítuke porôgarama na Kuntari Katu, uhá koeti ra ho’unévoti ítuke kopénoti íhae Mbârasiuke aínovo koati únati. Ya isóneuke únatimaka ómeokono ra xêti ítuke demarcação, motovâti koyúhoyeokono yara COP30.
Ana Flávia: koyúhoa ánavokoxeova ra ho’úneovo ítuke negociação motovâti ómeokono yara COP30. Anéye ra koati nókone ûti koyúhoyeokono, énomone ra kóyeku demaracação na poké’exa ûti yupihovó koeti ákoyea éhakakana itúkeokono. Anéye ra aûlana ûti yaye Mbârasiuke xapákuhiko ra iháxoneti diplomatas, kóyekune vitúkinoa xêti xokóyo ra nokóne ûti xapa kopénoti, koati konokoâti vísimea yoko vómea ra nókone ûti yara COP30.
Eyékoxoti: Ukeátine kóhea agosto ya 2024, enepora porôgaramana Kuntari Katu, kóyekune íhikaxeahiko kopénoti motovati participa kíxea fúrun ya po’íke poké’e. Enepora porôgarama ítaekoahiko ra ko’éxonoti motovâti huvó’oxea kopénoti ápeyea éxone xokóyo ra ítukevohiko purútuye.
Em Bonn, alunos do Kuntari Katu acompanham agenda de adaptação, mitigação e financiamento
Em formação para atuar nas negociações internacionais sobre o clima, indígenas do Programa Kuntari Katu acompanharam como ouvintes os debates na Conferência anual da ONU, na Alemanha. Ouça a reportagem e saiba mais.
Repórter: Financiamento, adaptação e mitigação climática estão entre as agendas acompanhadas por 23 indígenas brasileiros do Programa Kuntari Katu, que participaram como ouvintes na Conferência de Bonn, na Alemanha. O Programa brasileiro Kuntari Katu prepara diplomatas indígenas em negociações climáticas. O curso prepara lideranças para atuar na COP30 em Belém, integrando saberes tradicionais e diplomacia a partir da realidade de seus territórios.
Maisangela Oliveira, do povo Sateré-Mawé do estado do Amazonas, defendeu que as comunidades indígenas precisam ser ouvidas na agenda climática, pois as decisões afetam diretamente seus modos de vida e territórios.
Maisangela: Eu acho que vai impactar de forma muito positiva nos nossos territórios, porque a gente está com esse pensamento de levar a nossa voz dentro da COP30 . Então, acredito que vai ser muito positiva, porque nós estamos lutando pelas demarcações dos nossos territórios, porque nós que protegemos as florestas, as nossas terras, nossos rios.
Repórter: Eliel Ukan Patté é indígena e estudante de Relações Internacionais. Ele relata os desafios e importância de participar da COP30, destacando a necessidade de incluir vozes e saberes ancestrais nas discussões climáticas.
Eliel: Estar presente enquanto pessoa indígena no âmbito das negociações internacionais é trazer a nossa voz, trazer os nossos conhecimentos. Tudo que é discutido sobre adaptação vai interferir no meu território, então, estar presente na discussão de adaptação e no ambiente global onde as partes decidem como vai ser esse plano, como vai ser o financiamento é muito importante, porque o meu território é afetado pelas mudanças climáticas.
Repórter: Para Ana Flávia Sampaio, também aluna do programa Kuntari Katu, as agendas são fundamentais para as comunidades indígenas do Brasil. Segundo ela, os indígenas buscam incluir o tema sobre demarcação como medida de mitigação na COP30.
Ana Flávia: Durante esses dias a gente acompanhou todo o processo das mesas de negociação, do que está sendo discutido para chegar lá na COP30. E o que de fato é mais importante nesse momento para a gente é a nossa demarcação pelo processo de mitigação. A gente está tendo aula no Brasil com os diplomatas, e a gente está nesse diálogo direto com eles para trazer as nossas demandas, o que de fato a gente quer levar para a COP30.
Repórter: Desde agosto de 2024, o programa brasileiro Kuntari Katu capacita participantes para atuar em fóruns internacionais. O programa inclui mentoria contínua e incentiva o engajamento com comunidades indígenas locais.
Boletins na língua indígena Terena são traduzidos e grvados em parceria com a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), do estado do Mato Grosso do Sul.