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- mell280
21/01/2025 10h59
Falência da Tonon completa 5 anos, e ex-funcionários ainda aguardam salários e direitos trabalhistas não pagos
Colaboradores ainda aguardam solução do Grupo Tonon quanto a acertos indenizatórios e salários pendentes desde 2019.
Hosana de Lourdes DRT 483/MS
Grupo Tonon que entra 2025 sem resposta aos casos rescisórios
Cinco anos após a Justiça decretar a falência do Grupo Tonon, ex-colaboradores da empresa que atuava no distrito de Vista Alegre, em Maracaju, seguem sem receber salários atrasados, verbas rescisórias e direitos trabalhistas. A situação, marcada por frustração, abandono e incerteza, se arrasta desde 2020 até a entrada de 2025, quando a recuperação judicial foi convertida em falência definitiva pela juíza Daniela Almeida Prado Nino, da 3ª Vara Cível de Jaú (SP), cidade vizinha a Bocaina, onde está sediado o grupo empresarial.
Durante o tempo em que esteve em operação na região, o Grupo Tonon gerou empregos e movimentou a economia local, mas encerrou suas atividades deixando uma marca negativa: a de uma gestão que virou as costas para os trabalhadores. A lentidão do processo judicial e o silêncio dos representantes da empresa apenas ampliam a indignação e o sentimento de desamparo.
“Já se passaram cinco anos e até agora nada foi resolvido. A gente não sabe se vai receber os nossos direitos algum dia ou se a empresa voltará a funcionar, gerando novas oportunidades de emprego”, desabafou Ronaldo França, ex-funcionário da usina, ao TudoDoMS, dizendo que se trata a desrespeito aos seus direitos.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores, os salários já estavam em atraso desde dezembro de 2019. Desde então, nenhum avanço prático foi registrado. Mais de 400 trabalhadores foram impactados diretamente, sem contar fornecedores e pequenos empresários da região, que também sofreram com o fechamento da usina. Informações recentes dão conta de que os equipamentos poderão ser retirados do local, encerrando de vez qualquer esperança de reativação.
A unidade da Tonon em Vista Alegre, que por anos foi um importante polo de emprego, permanece inativa. A comunidade, que foi duramente atingida pelo encerramento das atividades, segue aguardando respostas da Justiça – e da empresa – que até o momento não se pronunciaram.
Enquanto isso, o que se contabiliza é a perda de dignidade, a insegurança financeira e a espera por justiça. A morosidade do sistema evidencia a fragilidade dos trabalhadores diante de grandes grupos econômicos que, mesmo após sua queda, continuam impactando vidas de maneira devastadora.
O TudoDoMS segue acompanhando o caso e buscando respostas junto aos responsáveis. A população de Vista Alegre, por sua vez, ainda aguarda por uma solução que traga alívio, respeito e dignidade aos trabalhadores esquecidos. 
