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Pressão com ameaça de bloqueio: Acampamento Cachoeira protesta, mas moradores temem transtornos em Maracaju


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  • mell280

13/06/2025 08h19 - Atualizado em 13/06/2025 09h22

Pressão com ameaça de bloqueio: Acampamento Cachoeira protesta, mas moradores temem transtornos em Maracaju

José Pereira


 Famílias do Acampamento Cachoeira, situado às margens da BR-267, em Maracaju, realizaram um protesto nesta quarta-feira (12) cobrando urgência na efetivação da Reforma Agrária. O ato, realizado com faixas, pneus e bonecos, chamou a atenção com a ameaça de fechamento das rodovias BR-267 e MS-162, importantes corredores logísticos da região.

“Ou o INCRA vem, ou vamos fechar as estradas. A paciência acabou”, disse uma das lideranças do movimento.

Os manifestantes afirmam estar há mais de uma década aguardando o processo de demarcação das terras, e responsabilizam o INCRA pela lentidão. Apesar da manifestação pacífica, o aviso de paralisação gerou críticas por parte de comerciantes, produtores rurais e motoristas que dependem das rodovias para trabalhar.

“Entendemos a luta deles, mas fechar estrada só atrapalha quem está tentando trabalhar. É um tiro no pé, porque afeta a economia local e o transporte de remédios, alimentos e até ambulâncias”, comentou um caminhoneiro que passava pelo trecho.

Empresários do agronegócio também demonstraram preocupação. As vias citadas são fundamentais para o escoamento da safra e o transporte de insumos agrícolas. Qualquer bloqueio pode representar prejuízos significativos para o setor.

Mesmo diante do surto de dengue no município, os organizadores garantiram que os pneus utilizados foram todos furados para evitar criadouros do mosquito Aedes aegypti.

O grupo do Acampamento Cachoeira reforça que está disposto ao diálogo, mas afirma que a mobilização continuará até que haja uma posição oficial do INCRA. No entanto, moradores da cidade temem que o impasse se transforme em mais transtornos.

“Não queremos atrapalhar o progresso, mas queremos fazer parte dele. Reforma Agrária é direito, não favor”, argumentou uma das organizadoras do ato.

Até o momento, o INCRA não emitiu resposta sobre a situação. A possível interdição das rodovias segue como um ponto de tensão entre os acampados e a população local, que pede que o protesto não ultrapasse os limites do direito de ir e vir.





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