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- mell280
01/06/2025 11h34
Corrida reúne mais de mil atletas em prol da solidariedade e do amor ao próximo
Provas de 3 km, 5 km e 15 km arrecadam alimentos e lançam campanha por doações de sangue e medula
Por Gabriel de Matos e Kamila Alcântara
A 8ª edição da Corrida Sangue Bom neste domingo (1) em Campo Grande marcou a abertura do Junho Vermelho (campanha para doação de sangue). De acordo com a organização, foram mais de 1 mil inscritos. Os percursos foram de 3 km (caminhada), 5 km e 15 km.
O idealizador da corrida, o professor Carlos Alberto Rezende, o Carlão, destacou o legado da prova. “A atitude solidária é uma forma de resistência e de amor ao próximo. Essa corrida representa isso. A cada edição, mostramos que é possível unir seriedade no esporte com empatia e compromisso com o outro”.
O percurso foi por dentro do Parque dos Poderes e a prova de 15 km é reconhecida pela Confederação Brasileira de Atletismo. Parte do apelo da prova está justamente em ser acessível a diferentes níveis de condicionamento físico. “É, para muitos, a porta de entrada para uma vida mais ativa”, completou Carlão.
Além do caráter esportivo, a prova tem 100% da renda líquida destinada a instituições como a APAE de Campo Grande e o Hospital de Câncer Alfredo Abrão. E, neste ano, foi marcada também pela campanha simbólica que transformou as avenidas em veias e artérias: “Todos com a camiseta vermelha da corrida, simbolizando o sangue circulando — um lembrete do quanto a doação pode ser um gesto simples, mas vital”, explicou o organizador.
Família da administradora Regina Dantas, de 37 anos, presente na corrida (Foto: Juliano Almeida)
Emoção em família - Entre os corredores, histórias inspiradoras marcaram a manhã. A administradora Regina Dantas, de 37 anos, participou ao lado do marido e dos filhos, Vitória (6) e Vitor (3). “É a primeira vez que eles correm comigo. O coração fica tão quentinho! A gente é exemplo para os filhos, e isso aqui é prova disso”, disse emocionada.
Já a publicitária Karinne Mareco, 35 anos, encontrou nas corridas um novo estilo de vida. “Comecei por causa da saúde e acabei viciada. É um prazer que não tem explicação. No começo, caminhei. Depois, tentei correr... e não parei mais”, contou, entre risos. “A gente até brinca que corre por medalha e banana.”
Fátima Batista, de 68 anos, veio de Goiânia apenas para visitar amigos e acabou surpreendida com o evento. “Foi uma grata surpresa. Um gesto de humanidade. Cada passo, uma gota de sangue para quem precisa”, refletiu.
O multicampeão paralímpico no atletismo, Yeltsin Jacques esteve presente na corrida. Ele resumiu bem o espírito da corrida: “Comecei no Circuito Sesi e sei o quanto as doações salvam vidas. É muito bom estar com essa galera, correndo por um propósito maior.”
O primeiro a cruzar a linha de chegada no percurso de 5 km foi o Dinho Ajala com cerca de 16min50. Ele relatou a dificuldade na preparação e citou que só conseguiu se preparar neste último mês de maio. "Eu me preparei um mês para essa prova porque essa ela foi uma das minhas primeiras, eu participei da 1ª edição, participei da 3ª se eu não me engano da pós-pandemia de 2021 também, eu ganhei aí eu retornei agora de novo".
Dinho Ajala cruzando a linha de chegada em primeiro (Foto: Juliano Almeida)
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