Para lideranças nacionais e dirigentes regionais do PSDB, é essencial ouvir os dois políticos sul-mato-grossenses. Um dos entusiastas da fusão com o Podemos, o ex-governador mineiro Aécio Neves, empenha-se na tentativa de persuadi-los a abraçarem esta solução. Dos três governadores tucanos, dois ainda não fecharam questão, Riedel e o gaúcho Eduardo Leite. Até o nome da nova formação está sugerido (#PSDB+Podemos), assim como o de Renata Abreu para presidi-lo.
Azambuja, que é tesoureiro do Diretório Nacional, insiste em uma legenda que tenha forma e conteúdo inspirados na essência programática da social-democracia. E seja identificada como força democrática de centro-direita, nacionalista e comprometida com a justa redistribuição de renda, o desenvolvimento sustentável, a soberania brasileira e o fortalecimento da livre iniciativa com o fim do intervencionismo estatal na economia.
Partido Moderno
“Em Mato Grosso do Sul fazemos o que preconiza o programa do PSDB, que é moderno, é confiável, é atualizado e, sobretudo, fidelizado à democracia e falando a linguagem que a sociedade deseja ouvir”, opina Azambuja. Para ele, não haverá dificuldades em fazer a fusão com forças que assumam estas pautas, condição que, a seu ver, não permite sequer imaginar um alinhamento com a esquerda ou o PT. E é por isto que o dirigente tucano sul-mato-grossense defende que a nova composição partidária se mantenha na oposição ao governo Lula, a exemplo do PSDB.
Outras questões avaliadas com cuidado absoluto são as garantias de manutenção partidária. Com o Podemos, a fusão resultará em uma melhor porção do fundo eleitoral previsto em lei orgânica, o que não ocorreria se a opção escolhida fosse unir-se a outras siglas, como o MDB, Republicanos, PP ou PSD, entre outras. Riedel confirmará uma reunião em Brasília, com os dirigentes nacionais, para ele e Azambuja se manifestarem sobre esta e outras projeções, entre elas a de incorporar após a fusão com o Podemos outro partido, o Solidariedade, e criar uma federação.